Apesar de não ser relatada com frequência, infecção nos olhos exige mais cuidados
(Arquivo Agência Brasil)
Os sintomas mais comuns do novo coronavírus, de acordo com as autoridades de saúde, são febre, tosse seca, cansaço e falta de ar. Mas algumas pesquisas também apontam que a conjuntivite pode ser mais uma manifestação da Covid-19. Três estudos recentes da Academia Americana de Oftalmologia mostram que o vírus pode ser transmitido pelo contato com a conjuntiva, a membrana que reveste a parte interna da pálpebra. De acordo com o médico Daniel Vitor Santos, do Departamento de Oftalmologia da Faculdade de Medicina da UFMG, essa relação de Covid-19 e conjuntivite pode acontecer, mas não é diagnosticada com frequência. “O novo coronavírus é também um vírus respiratório. Assim não é surpresa a observação da conjuntivite em pacientes com Covid-19. Mas essas alterações têm sido raramente observadas. Em apenas 1% a 3% dos doentes”, explicou o médico à TV UFMG. Apesar da conjuntivite ser um sintoma incomum do novo coronavírus, a infecção e vermelhidão nos olhos merecem a atenção do paciente. “Até o momento, não se sabe ao certo da real infectividade do novo coronavírus presente na lágrima e nas secreções oculares. Por outro lado, se o novo coronavírus se comportar como os outros vírus que causam conjuntivite, o potencial de infecção é grande”, alertou Santos. Para evitar o coronavírus e a conjuntivite, é essencial a higienização correta das mãos e dos olhos, conforme as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). “Reforça a necessidade de medidas de proteção e higiene, com lavagem frequentes das mãos, evitar levá-las aos olhos. No caso da conjuntivite, especificamente, separar fronhas, lençóis, toalhas, utilizar lenços descartáveis e evitar contato pessoal mais próximo”, destacou o médico.