saúde

CCZ faz bloqueio depois de morcego testar positivo

Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) localizou animal no bairro de Lourdes

Márcia Vieira
marciavieirayellow@yahoo.com.br
Publicado em 02/05/2024 às 19:00.
Tutores de cães e gatos, nos arredores do bairro, devem levar seus animais para vacinar (FÁBIO MARÇAL)

Tutores de cães e gatos, nos arredores do bairro, devem levar seus animais para vacinar (FÁBIO MARÇAL)

Moradores do bairro de Lourdes, em Montes Claros, devem ficar atentos às recomendações do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que, nesta semana, confirmou o resultado positivo para raiva de um morcego recolhido no bairro. 

Como medida de segurança, o CCZ iniciou um bloqueio na região. A iniciativa consiste em vacinar o maior número possível de cães e gatos das imediações. Para isso, o posto de saúde começou a disponibilizar a vacina antirrábica nesta última quinta-feira (2), prosseguindo até sexta-feira (3) de 8h às 16h. Animais acima de três meses e que não tenham sido vacinados nos últimos 30 dias, devem passar pelo procedimento. Os maiores transmissores da raiva são os cães, gatos, morcegos e primatas não humanos (macaco e soim).

“Estamos visitando todos os imóveis num raio de 500 metros e informando à população os cuidados para evitar a transmissão para os homens e da disponibilização de posto de vacinação temporária para cães e gatos. A equipe também faz busca ativa para verificar a existência de outros espécimes em situação suspeita”, afirma Geraldo Assis, coordenador do Centro de Controle de Zoonoses do CCZ. 

Ele ressalta que os tutores devem prestar atenção a qualquer anormalidade no comportamento dos animais domésticos e urbanizados da fauna silvestre. Em cães e gatos, a agressividade, salivação, prostração, paralisia e falta de apetite são alguns dos sinais perceptíveis da doença. No caso de se deparar com um morcego, “a pessoa deve comunicar ao CCZ e nós enviaremos um técnico ao local”, orienta Geraldo. 
 
SERES HUMANOS 
Segundo o Ministério da Saúde, a raiva em seres humanos é 100% letal. Apenas duas pessoas sobreviveram à doença no Brasil e tiveram sequelas graves. O vírus pode ficar incubado por até 60 dias em média. A transmissão ocorre por meio de lambedura, arranhadura ou mordedura do animal doente. Sintomas como dor de cabeça, febre, náusea, dor de garganta, inchaço nos gânglios linfáticos e alterações de sensibilidade no local de ferida provocada pela mordedura do animal são alguns indicativos da raiva. Em caso de suspeita de contaminação, o paciente deve buscar imediatamente um hospital para tomar a vacina antirrábica e medicamentos. Se houver contato indireto, por meio de objetos ou utensílios contaminados com secreções de animais suspeitos, a indicação é de lavar bem o local com água corrente e sabão.

SERVIÇO
Vacinação contra a raiva
Local: Posto de Saúde Bairro de Lourdes (Rua Andradina, 647).
Data: 2 e 3 de maio.
Horário: 8h às 16h
Posto permanente CCZ: 
Segunda a sexta-feira, de 7h às 11h e 13h às 17h

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