O ministério da Saúde anunciou que os casos diagnosticados de hanseníase no Brasil caíram 34% em nove anos, passando de 43,6 mil em 2006 para 28,7 mil em 2015. O número de pacientes em tratamento também registrou queda, indo de 26,3 mil pacientes para 20,7 mil no mesmo período.
“Identificando precocemente o doente, é possível iniciar o tratamento, diminuir a contaminação de pessoas sadias e avançar no processo de eliminação da doença, que é um problema de saúde pública no Brasil”, explicou, em nota, a Coordenadora-Geral de Hanseníase e doenças em eliminação, Carmelita Ribeiro Filha.
MENORES
O número de casos em menores de 15 anos indica, entretanto, que ainda existem focos de infecção ativos e transmissão recente. Mesmo com redução de 28% na taxa de detecção em crianças e adolescentes na última década, no ano de 2015 foram registrados 2,1 mil casos da doença nesse grupo.
A Opas/OMS (Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde) alerta que, apesar da infecção estar presente em 24 dos 35 países das Américas, apenas no Brasil ela ainda é um problema de saúde pública.
HANSENÍASE
Doença crônica e transmissível, a hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae. A transmissão é feita de uma pessoa doente para outra. O contato precisa ser próximo e prolongado, botando, em risco, familiares ou pessoas que moram junto com o paciente, por exemplo.
Como a doença atinge a pele e nervos, se não tratada precocemente pode causar incapacidade e deformidades físicas. O principal sintoma são manchas em qualquer parte do corpo, principalmente com alteração de sensibilidade ao calor e ao toque, mas também pode haver alteração nos nervos periféricos, na mucosa do trato respiratório superior e nos olhos.
Para marcar o dia mundial de luta contra a doença, comemorado nesta terça-feira (31), o edifício do Ministério da Saúde está iluminado com uma luz na cor roxa até o dia 28 de fevereiro.