Através de suas mãos

Campanha mostra importância da atuação dos profissionais que tratam crianças com câncer

Leonardo Queiroz
Publicado em 19/02/2022 às 00:06.Atualizado em 19/02/2022 às 11:19.
COM AMOR E CARINHO – Nayara Prates coloca o coração em cada atendimento que realiza na fundação Através de suas mãos (fundação Sara/divulgação)
COM AMOR E CARINHO – Nayara Prates coloca o coração em cada atendimento que realiza na fundação Através de suas mãos (fundação Sara/divulgação)

O amor e o cuidado oferecidos por quem está ao lado de crianças que estão em tratamento contra o câncer fazem toda a diferença. Por isso, nesta semana em que se celebrou o Dia Internacional do Câncer Infantil – na última terça-feira (15) – os profissionais envolvidos nesse processo foram homenageados.

O tema “Uma melhor sobrevida é atingida #atravésdesuasmãos” marca a campanha do triênio que vai até 2023 divulgado pela Fundação Sara. E a enfermeira Nayara Prates tem plena consciência de como sua forma de atuar, e de seus colegas, pode fazer a diferença na forma de a criança lidar com a doença e na superação.

“Aqui na fundação, além de realizar o acolhimento às crianças e adolescentes com câncer, prestamos apoio, conforto e oferecemos orientações e intervenções durante todas as etapas do processo do tratamento. Tratamos os assistidos com todo o amor e carinho, na busca de deixá-los viver uma vida mais próxima da normalidade e com segurança”, diz Nayara.

Ela conta que os profissionais que atuam no cuidado às crianças devem compreender sobre o processo da doença e do tratamento, a fim de prestar uma assistência de qualidade e humanizada.

Além disso, é preciso envolver tanto a criança como os familiares no processo de tratamento, respeitando as dificuldades socioculturais que limitam o enfrentamento do câncer.
 
DATA
O Dia Internacional do Câncer Infantil é considerada uma data importante para conscientizar sobre a doença que atinge, por ano, mais de 300 mil crianças e jovens no mundo, com idade entre zero e 19 anos, de acordo com a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer.


Índice de cura é de 75% no país
O câncer pediátrico é considerado uma doença muito curável. Nos países com renda alta, mais de 80% das crianças vão ser curadas, de acordo com a médica Sima Ferman, chefe da Seção de Pediatria do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

No Brasil, o índice de cura oscila em torno de 75% e varia de acordo com a região do país. A taxa é um pouco mais baixa, de acordo com a médica, do que nas nações desenvolvidas porque a maioria das crianças chega ao Inca com a doença mais avançada, o que interfere na possibilidade de cura mais cedo.

Ela ressalta que o diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura. As questões socioeconômicas, como a pobreza, e comorbidades, como a desnutrição também pesam nesse caminho.

“São algumas alterações que podem interferir no resultado do tratamento mas, em linhas gerais, a gente consegue muita cura”, diz a médica.

O câncer pediátrico tem maior incidência em meninos do que em meninas, mas ainda não foi identificada a razão. 

O tratamento leva uma média de seis meses a dois anos, dependendo do tipo de doença que ela tenha. A partir daí, começa a fase de controle, que dura em torno de cinco anos. “É um tempo muito bom. A doença não volta e a criança pode ser considerada curada”, afirma a médica. 

O primeiro ano depois que termina o tratamento é o que apresenta maior risco de a doença voltar, destacou a chefe da seção de pediatria do Inca. “Mas, depois, à medida que vai passando o tempo, o risco vai diminuindo bem”, garante Sima Ferman.

*Com Agência Brasil

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