SAÚDE

Campanha conscientiza e estimula doação de sangue

Banco de sangue do Hemominas, que atende o Norte de Minas, está em situação crítica

Márcia Vieira
Publicado em 06/06/2024 às 20:01.
Franciele Ferreira é doadora há 12 anos e sabe da importância de ser voluntária (ARQUIVO PESSOAL)

Franciele Ferreira é doadora há 12 anos e sabe da importância de ser voluntária (ARQUIVO PESSOAL)

A Fundação Hemominas abriu a campanha “Junho Vermelho”, com uma série de palestras virtuais e presenciais que acontecem durante todo o mês. O objetivo é estimular a doação de sangue e informar a população sobre a importância da iniciativa. 

A sede da Fundação em Montes Claros atende toda a demanda do Norte de Minas. Rosana Silva, responsável pelo setor de captação, explica que a necessidade é de 2.070 bolsas por mês. Até o momento, a média diária neste mês de junho está em torno de 65 bolsas.

“O ideal é de pelo menos 110 bolsas coletadas por dia. São 44 hospitais conveniados na região que têm em seus procedimentos a necessidade de transfusão sanguínea. Neste mês, buscamos sensibilizar as pessoas para o ato voluntário da doação de sangue, enfatizando que a necessidade de pacientes é permanente o ano todo e destacando a importância da doação de sangue para ajudar quem mais precisa”, diz. 

De acordo com Rosana, o balanço aponta que há uma queda de 60% no tipo sanguíneo “O Positivo” e queda de 78% do “O Negativo”. Os demais grupos negativos, tipos A Negativo, B Negativo e AB Negativo também estão críticos. Quanto ao A Positivo, B Positivo e AB Positivo estão regulares.

Franciele Ferreira é doadora há 12 anos. Ela ficou sem doar apenas por um período, quando engravidou. “Um amigo muito próximo faleceu devido a um acidente. Os órgãos dele foram doados. Eu fiquei comovida com a história, vi a necessidade do gesto de doar e comecei a doar sangue. Às vezes alguém pedia para quem estava internado, então essa soma de acontecimentos me despertou. Uma amiga foi comigo e acabou virando doadora também”, conta Franciele, que a cada três meses costuma ir a unidade. 

Já o cinegrafista Vinícius Santos Ferreira diz que foi motivado pelo pai. “Ele foi doador por quase 20 anos. Sempre me levava junto, às vezes até dividia o lanche do doador comigo e eu achava o máximo. Era criança à época. Assim que completei 18 anos eu comecei a doar regularmente. No próximo mês eu completo 32 anos e nunca parei de ir ao Hemocentro. Vou pelo menos três vezes todo ano”.

Para ser um doador é necessário seguir as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), a fim de garantir a segurança e saúde dos receptores e também dos doadores. O processo consiste em uma entrevista clínica em que o candidato a doador deve responder perguntas de caráter íntimo e sigiloso. Segundo a OMS, há doenças que não são imediatamente detectadas com a realização de exames clínicos, já que existe um período chamado de “janela”, daí a necessidade de responder as perguntas com transparência e sinceridade. Os principais critérios para doação são: ter entre 16 e 69 anos; não ter tido hepatite após os 11 anos de idade; pesar acima de 50k; dormir bem na noite anterior a doação; não ter passado por situação de risco acrescido para doenças sexualmente transmissíveis; não ter tido gripe, resfriado ou diarreia nos últimos 7 dias, entre outros. Jovens de 16 e 17 anos podem doar desde que acompanhados pelo responsável legal, que deverá assinar uma autorização. A partir de 61 anos, candidatos à doação devem comprovar a realização de pelo menos uma doação anteriormente.

A doação pode ser agendada no site da Fundação Hemominas pelo endereço eletrônico: www.hemominas.mg.gov.br

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