Dados apontam Hospital Mário Ribeiro como o campeão em cirurgias eletivas em Minas Gerais
Diretora do HCMr, Raquel Muniz, falou sobre o papel dos parlamentares para a saúde no Brasil
Com um número expressivo (quase duas mil) de cirurgias realizadas, entre maio a setembro de 2023, incluindo procedimentos como cirurgias oftalmológicas, laqueadura e vasectomia, o Hospital das Clínicas Mário Ribeiro, fundado há 10 anos, aparece em dados “Tabwin Cirúrgico-eletivo” do SUS, como um dos que mais contribuiu para o sucesso da medida. Os dados foram apresentados durante audiência pública da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados. Em pauta estava a busca por soluções que permitam zerar a fila do SUS para cirurgias eletivas no país, por meio de programas baseados no “Opera Minas” já realizado em todo o estado mineiro.
Representando o Hospital das Clínicas Mário Ribeiro, A médica e diretora Raquel Muniz falou da importância dos parlamentares na criação de caminhos que permitam à população, principalmente a que utiliza os serviços do Sistema único de Saúde (SUS) ter acesso a tratamentos de qualidade. “Vocês trabalharam para que os nossos hospitais fossem equipados. Durante a pandemia recebemos recursos dos governos federal e do estado que possibilitou, por exemplo, a entrega de respiradores que também são usados em cirurgias.Esse é um dos papeis mais importantes do parlamento”, afirmou a médica.
Raquel ressaltou ainda, a importância dos investimentos em hospitais do interior, que estão fazendo medicina de ponta e precisam ser ajudados. “Estamos próximos dos pacientes, que muitas vezes teriam que se deslocar até as capitais para uma cirurgia que era eletiva e pela demora, acaba se tornando de urgência. São cases de sucesso que motivam outros hospitais a trabalhar e entender que o interior pode fazer uma medicina de excelência”, disse, lembrando que Montes Claros, cidade de quase 500 mil habitantes que atende o Norte de Minas até o sul da Bahia, é berço do SUS. “Estamos dando essa resposta, apresentando números positivos e somando nas eletivas”, concluiu.
SOLUÇÃO
A partir da fala da diretora do HCMR, o deputado Emidinho Madeira (PL-MG) , propositor da audiência pública, disse acreditar que uma alternativa para garantir a celeridade do processo é colocar os hospitais que já estão equipados, mas se encontram ociosos, trabalhando para que a fila das cirurgias eletivas diminua. Ele propôs ainda, a compra de exames de ressonância, colonoscopia, tomografia e outros, através dos recursos de emendas parlamentares.“Todos os dias tem gente buscando exame. Uma tomografia custando R$ 800 reais, o paciente não dá conta de pagar. A demora traz prejuízos para o paciente e para todo o sistema, já que torna necessário realizar novos exames pré-operatórios até chegar à cirurgia. Às vezes com uma emenda parlamentar é possível comprar 10 milhões de exames. O dinheiro é do povo. Tem apenas que negociar para o povo. Ajudar a zerar a fila no estado para deixar represar mais”, sugeriu.