Christine Antonini
Repórter
Somente no ano de 2015, o Acidente Vascular Cerebral – AVC fez 346 mil vítimas no Brasil. Segundo o ministério da Saúde, a cada cinco minutos um brasileiro morre em decorrência do AVC. Geralmente o derrame acontece em pessoas acima dos 55 anos de idade. No entanto, é cada vez mais comum jovens de 15 a 30 anos de idade também sofrerem com ataque cardíaco.
O médico cardiologista Dayson Henrick Salvino aponta que o ataque cardíaco em jovens pode estar aliado aos novos tempos em que, na maioria das vezes, os adolescentes se alimentam de forma errada, com alimentos calóricos e gordurosos e também pode estar associado a alterações genéticas.
- O infarto é uma doença multifatorial, causada por um conjunto de fatores genéticos somados com hábitos não saudáveis. Os fatores que se destacam são colesterol alto, obesidade central, fumo, hipertensão, diabetes dentre outros - explica o especialista.
DOR NO BRAÇO
Há quatro anos, enquanto penteava os cabelos em frente ao espelho, a autônoma Anne Caroline, de 19 anos, sentiu forte dor no braço e no peito - primeiros sintomas do AVC. A causa da parada cardíaca, segundo os médicos, foi o uso de anticoncepcional. Esse tipo de medicamento se for administrado sem supervisão médica pode acarretar doenças, como trombose e AVC. Por causa do derrame, Anne tem paralisia no braço direito e faz acompanhamentos médicos regulares.
AVC NO ÚTERO
Mesmo antes de nascer, o pequeno Arthur Alves Morais Costa, que hoje tem quatro anos de idade, sofreu AVC ainda dentro da barriga da mãe, Magda Marinela, que estava grávida de gêmeos. As causas da parada cardíaca ainda não foram diagnósticas. Como consequência do derrame, Arthur ficou com hemiparesia (paresia em um lado do corpo).
- A minha gravidez foi de risco, tive que ter muita cautela. Ainda não há explicação sobre o que aconteceu realmente com ele, os médicos me dizem que é uma alteração genética. Fui perceber que tinha algo diferente quando ele tinha um ano. Arthur já passou por cirurgias e hoje faz terapia ocupacional e acompanhamento médico – finaliza a mãe do garoto.