Nos últimos anos, cientistas de todas as partes do mundo, incluindo o Brasil, têm investido em implantes cerebrais para devolver os sentidos a pessoas que perderam movimento do corpo, a visão ou a audição. Para tanto, é preciso ativar circuitos cerebrais associados a essas habilidades, o que se faz, atualmente, por meio da estimulação elétrica. Agora, pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts, em Boston, nos Estados Unidos, desenvolveram uma microbobina que substitui os eletrodos utilizando o magnetismo.
De acordo com Lee, o uso de magnetismo no lugar de eletricidade para estimular os neurônios tem várias vantagens como restaurar os sentidos, tratar distúrbios neurológicos, como a doença de Parkinson, e na interface cérebro-máquina, que estimulam a habilidade do paciente paralisado de se comunicar e mover objetosdiz Seung Woo Lee, principal autor do trabalho, publicado na revista Science Advances. “Contudo, os dispositivos, especialmente os que têm o córtex como alvo, ainda apresentam muitas limitações. O ambiente interno do cérebro pode erodir o eletrodo de metal ao longo do tempo. Além disso, a resposta natural do corpo a um objeto externo pode causar cicatrizes que impedem a passagem dos campos elétricos”, afirma.