Ansiedade em excesso pode ser um sinal de alerta

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Jornal O Norte
11/02/2017 às 07:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:53

Vitor Costa
Estagiário


Trânsito, violência urbana, pressão no trabalho, problemas familiares e financeiros estão deixando os montes-clarenses ansiosos.  A atendente de telemarketing, Bianca Melo toma remédio conta ansiedade há três anos. O distúrbio chegou a interferir no trabalho, nos estudos e no relacionamento de modo negativo.

- Não é normal viver ansioso, apreensivo ou extremamente preocupado, com situações que não são concretas ou com problemas simples do cotidiano.

Segundo a psicóloga Fernanda Queiroz, é difícil encontrar alguém que não se considere pelo menos um pouco ansioso.

- No mundo moderno precisamos cumprir horários, pagar contas, desempenhar nosso trabalho em um mundo corporativo cada vez mais competitivo, cuidar da casa, dos filhos, da saúde. Portanto, é normal sentir-se ansioso em algumas ocasiões, mas quando a ansiedade está presente na maioria dos dias e gera prejuízos, nestes casos, é preciso procurar um médico para diagnosticar e tratar o transtorno - explica Fernanda.

De acordo com a psicóloga, o diagnóstico da ansiedade patológica é só o primeiro passo no tratamento e ajuda a controlar alguns sintomas. Porém, o mais importante é investigar a causa e o que mantém a doença, para tratá-la e isso é feito por meio da psicoterapia.

PSICOTERAPIA
A psicoterapia é um tipo de terapia cuja finalidade é tratar os problemas psicológicos, tais como depressão, ansiedade e dificuldades de relacionamento. O caminhoneiro Joel Cardoso sofreu de depressão logo após perder o irmão em um acidente de carro.

- Há três anos, quando houve um acidente de carro com o meu irmão, eu achei que não fosse suportar, nós éramos muito ligados. Passei a ter dificuldades para dormir, e comecei a sentir dores musculares, dores de cabeça, estômago, cólicas intestinais e até dores no peito. A minha esposa ficou preocupada e me orientou a buscar ajuda profissional para tratar todos esses problemas - relata Joel.

Após buscar o auxílio de um profissional na área de psicologia, Joel passou a ter uma qualidade de vida melhor.

- Faço tratamento há dois anos e meio, e tive uma melhora de 70%, mas ainda encontro dificuldade em chegar às proximidades de onde o meu irmão morava com a família, mas e uma coisa que eu irei vencer -  afirma Joel.

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