Exposição ressalta importância da humanização do parto e alerta contra violência obstétrica
(GABI MARQUES/DIVULGAÇÃO)
Alegria, realização, saúde, amor e acolhimento. Essas são mensagens que fotos em exposição no Montes Claros Shopping querem mostrar sobre o nascimento de uma criança. Registros que não pretendem esconder o momento desafiador da mulher, mas ressaltar a necessidade de uma atenção humanizada a ela e ao bebê.
A I Exposição “Acolher para Nascer” retrata o trabalho realizado nas maternidades que participam do Projeto de Aprimoramento e Inovação no Cuidado e Ensino em Obstetrícia e Neonatologia – Ápice On, que envolve a Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros, a Secretaria Municipal de Saúde, o Hospital das Clínicas Dr. Mário Ribeiro da Silveira e demais maternidades da cidade.
O evento foi aberto ontem e segue até 31 de março e busca dar maior visibilidade à discussão do combate à violência obstétrica dentro e fora das instituições hospitalares, bem como divulgar ao maior número de pessoas que visitarão a mostra os direitos das mulheres a uma assistência respeitosa, livre de qualquer tipo de violência.
“Embora seja um momento desafiador para a mulher, já que as manifestações do trabalho de parto podem ser dolorosas, a prestação de uma assistência humanizada faz toda a diferença nesse momento tão importante para as famílias”, explica a coordenadora do Núcleo de Redes de Atenção à Saúde da Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros, Ludmila Gonçalves Barbosa.
Diretora do Hospital das Clínicas Dr. Mário Ribeiro da Silveira, Luciana Santana destaca que é muito importante trazer a conscientização sobre esse assunto para a sociedade. “Desde a fundação da maternidade no HC, em 2016, nossa equipe multidisciplinar busca a qualidade e a acolhida no atendimento às gestantes que aqui chegam”, ressalta.
“As fotografias e relatos que recebemos diariamente reforçam nosso compromisso em trazer, incansavelmente, a informação para que a violência obstétrica não seja, em nenhuma hipótese, realidade na instituição. Nosso lema é levar uma medicina avançada para todos através do ensino, pesquisa e humanização”, afirma Luciana.
A fotógrafa Gabriela Ferreira Marques, com várias fotos na exposição, revela que se sente muito feliz por seu trabalho fazer parte do movimento. “É uma honra ter fotos minhas numa exposição de um tema com tanta relevância. Precisamos falar mais sobre as formas de nascer e sobre a violência obstétrica, e a arte sempre fez parte de grandes lutas. E essa é uma luta de todas as mulheres. Ter minhas fotos ajudando a propagar essa luta é um orgulho muito grande”, ressalta Gabi Marques.
*Estagiária sob supervisão do editor
(GABI MARQUES/DIVULGAÇÃO)
(CAMILA SERRA/DIVULGAÇÃO)