Bebês prematuros precisam de tratamento especializado, já logo após o nascimento, para sobreviver. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que, no Brasil, a prevalência de partos antes das 37 semanas chega a 11%, o que coloca o país na 10ª posição entre as nações com mais registros do tipo.
Essas crianças correm mais risco de morte, principalmente no primeiro mês de vida. Coordenador médico da Maternidade Hilda Brandão, da Santa Casa de BH, Francisco Lírio ressalta que quanto mais cedo nascer, mais grave é o quadro.
Por isso, o pré-natal é fundamental. “O Ministério da Saúde recomenda pelo menos seis consultas. Porém, no Brasil, esse comportamento deixa a desejar. Existe grávida que acredita que se está tudo bem, não é preciso ir ao médico, mas o acompanhamento é importante até mesmo para saber se há algum problema que ela ainda não saiba”, alerta Francisco.
Qualquer infecção pode predispor a gestante à prematuridade. Dentre as mais comuns, a urinária e o corrimento vaginal. O ideal é que a assistência comece antes da gravidez, diz o médico, para saber se a saúde dela está preparada. A partir da concepção, exames de rotina serão pedidos pelo ginecologista a cada três meses.
O objetivo é reduzir tanto as complicações para a mãe quanto para o feto. “Os bebês também podem ter problemas respiratórios, oftalmológicos e neurológicos, dentre outros, ao longo da vida”, acrescenta Francisco Lírio.