Fiocruz produzirá vacinas 100% nacionais contra a Covid-19

Fabricação com IFA feito pela fundação foi aprovada pela Anvisa ontem

Da Redação*
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07/01/2022 às 23:30.
Atualizado em 10/01/2022 às 02:03
 (breno esaki/agência saúde df/divulgação)

(breno esaki/agência saúde df/divulgação)

O Brasil terá uma vacina 100% nacional contra a Covid-19, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A fabricação foi aprovada nesta sexta-feira (7) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) usado no imunizante foi desenvolvido pela AstraZeneca e a tecnologia repassada para a fundação, que já está fazendo a produção.

A publicação está na Resolução RE 35/2022 da Gerência Geral de Medicamentos da Anvisa, no Diário Oficial da União.

“Na prática, a decisão conclui o processo da Fiocruz para que o Brasil tenha uma vacina 100% nacional, com todas as etapas de produção realizadas no Brasil”, informou a agência em nota.

Isso vai favorecer uma produção mais rápida do imunizante, pois o país não irá depender da importação do IFA. A previsão da Fiocruz é a de que as primeiras doses sejam envasadas ainda neste mês e entregues ao Ministério da Saúde em fevereiro.

“Para essa decisão, a Anvisa avaliou os estudos de comparabilidade. Estes estudos demonstram que, ao ser fabricada no país, o insumo mantém o mesmo desempenho que a vacina importada”, acrescentou o órgão.

Em maio de 2021, a Anvisa já havia feito a Certifi-cação de Boas Práticas de Fabricação do novo insumo, o que garante que a linha de produção cumpre com todos os requisitos necessários para a garantia da qualidade do IFA.

TESTES
Desde então, a Fiocruz vinha realizando a produção de lotes testes para obter a autorização de uso do IFA nacional na vacina Covid-19 (recombinante).

Com a decisão desta sexta-feira (7), a transferência de tecnologia feita pela Fiocruz e que teve início ainda no ano passado foi concluída.

A vacina está autorizada no Brasil desde 17 de janeiro de 2021 e recebeu o registro definitivo em 12 de março de 2021.

Isolamento pode ser reduzido 
O governo pode reduzir de dez para cinco dias o prazo de quarentena de casos positivos assintomáticos, contaminados pela variante Ômicron do novo coronavírus.

A informação foi dada na manhã desta sexta-feira (7) pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Ele disse que ainda ontem se reuniria com os chefes da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 (Secovid) e da Secretaria de Vigilância Sanitária para tratar desse assunto.

Também será analisada a possibilidade de permitir que servidores da área de saúde que tiveram diagnóstico positivo para a variante, mas não apresentem sintomas, possam fazer parte da linha de frente no atendimento aos pacientes com Covid.

“Se eu não me engano, o CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos]) já deu essa recomendação (reduzir o isolamento dos pacientes assintomáticos com Ômicron). O governo francês está, inclusive, autorizando profissionais de saúde que estão positivos a atender na linha de frente, por conta do número de casos. Então, isso está sendo analisado”, adiantou o ministro.
 
SEGURANÇA
Queiroga ressaltou que há relatos na comunidade científica sobre a segurança de se adotar a redução da quarentena e a colocação de servidores assintomáticos no atendimento direto aos pacientes contaminados com o coronavírus.

“Possivelmente (o Brasil vai seguir essas medidas), porque isso está sendo adotado em outros países e tem assento em evidências científicas. E aí é possível que nós adotemos a mesma conduta”, acrescentou.
 
TESTAGEM
O ministro da Saúde disse ainda que a pasta pretende aumentar a testagem da população. “É necessário fazer a testagem para identificar o aumento no número de casos e fazer o isolamento das pessoas que estão positivas, não é só testar por testar”, avaliou Queiroga.

O gestor da pasta acredita que em até 30 dias o governo terá informações mais claras sobre os perigos relacionados à variante Ômicron. “Vamos esperar mais três ou quatro semanas para termos uma ideia mais definitiva com relação ao potencial de letalidade”, disse o ministro.

*Com Agência Brasil

  

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