Samuel Nunes
Repórter
O vereador Athos Mameluque (PMDB), presidente da câmara municipal, denunciou perseguição política aos servidores públicos municipais, que estão sendo pressionados a apoiar os candidatos ligados à administração. O vereador sugere que os trabalhadores que estão se sentindo perseguidos gravem as conversas no celular e denunciem ao ministério público, pois a atitude é considerada crime eleitoral, já que trata-se de uso da máquina pública.
De acordo com Mameluque, a câmara municipal já proibiu terminantemente a distribuição de santinhos e propagandas em suas dependências, para qualquer candidato às eleições de 03 de outubro.
- Como presidente da câmara, baixei um decreto proibindo qualquer ato político no legislativo montes-clarense e reitero que estas denúncias de perseguição devem ser levadas ao ministério público para que providências possam ser tomadas - afirma.
Segundo Mameluque, os servidores estão sendo obrigados a participar de reuniões e da campanha.
O vereador Claudim da prefeitura (PPS) também denunciou a transferência de funcionários dos PSFs que não passaram no concurso público. Segundo apurou o vereador, eles estão lotados na secretaria de Educação sem qualquer tipo de função, a não ser a de trabalhar como cabos eleitorais da administração municipal.
Claudim afirma que é uma incoerência a administração usar os agentes como cabos eleitorais enquanto no Bairro Vila Campos, por exemplo, o PSF praticamente inexiste pela falta de agentes. O vereador garantiu que a denúncia será levada ao ministério público.
Outra crítica do vereador foi com relação a propaganda veiculada na televisão pela administração na qual tenta-se passar a impressão de que a saúde no município vai bem, já que na prática a realidade é outra, e bem diferente.
- Fui constatar pessoalmente denúncia das péssimas condições em que se encontra, por exemplo, o posto de saúde do Bairro Major Prates, onde há rachaduras na parede e goteiras em uma das lajes de sustentação – diz.
O vereador sugeriu à secretaria municipal de Saúde que notifique a empresa responsável por esta obra, que em menos de quatro meses de inaugurada já se encontra com problemas na sua estrutura física.