Em nota oficial distribuída à população na semana passada, o promotor de justiça Felipe Caíres comunicou em detalhes a sentença datada do dia 7 de abril de 2010, de autoria da juíza Rosana Silqueira Paixão. Nela, determina o imediato retorno da tarifa de transporte coletivo ao valor de R$ 1,55, permanecendo neste patamar até que as concessionárias comprovem a substituição de todos os ônibus com mais de 8 anos de fabricação.

Pois bem, passada uma semana da decisão, que já foi publicada no diário oficial do município, a medida não está sendo seguida pelas empresas. A desobediência repercutiu na fala do vereador Alfredo Ramos (PT). De acordo com Ramos, o prazo dado às empresas pela justiça já venceu. 

- As empresas estão desrespeitando o que já foi decidido pela justiça. Lei se cumpre, depois se questiona nos meios pelos quais as empresas entendem ser necessários - afirmou.

Alfredo Ramos lembrou de audiência pública realizada na semana passada, que discutiu a gratuidade no transporte coletivo urbano para pessoa portadora de deficiência. Disse que as emendas que serão colocadas no projeto, de autoria executivo, a partir do momento que se tornarem lei terão que ser fielmente cumpridas pelas empresas que operam o transporte coletivo urbano.

Sobre a redução da tarifa, um dos empresários do setor disse a O NORTE, logo após a divulgação da notícia, que iria literalmente à falência, pois investiu mais de R$ 12 milhões.

- Estamos endividados junto ao sistema bancário e, o pior, os 2 milhões de passageiros previstos para serem transportados com a implantação do novo sistema caíram para menos de 1 milhão e 500 mil. Em menos de 60 dias entraríamos num caos total – disse, na oportunidade.