Núbia Primo
Repórter
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A Comissão de direitos humanos da assembléia legislativa de Minas Gerais esteve ontem às 14 horas em Montes Claros para participar de uma audiência pública na câmara de vereadores da cidade. O motivo da audiência e da intervenção da comissão de direitos humanos é o conflito pela posse da terra entre os povos denominados quilombolas, latifundiários e autoridades competentes.
As comunidades quilombolas dos Gorutubas e do Brejo dos Crioulos estão em situação de risco em função do conflito eminente.
A audiência estava lotada, e dezenas de quilombolas de toda região marcharam até Moc, presentes também na audiência o coordenador da comissão pastoral da terra do Norte de Minas, Paulo Roberto, o dirigente estadual do MST, Edvaldo Soares dos Santos, o presidente estadual das comunidades negras, Francisco Cordeiro, o presidente da Associação dos quilombolas do Brejo dos crioulos, Mamédio Moreira, o presidente da Associação dos quilombolas de Gorutuba, Dermivaldo Fernandes, o diretor geral do ITER, Luiz Antônio Chaves, o coordenador de justiça Afonso Henrique de Miranda Teixeira e os deputados componentes da comissão: Durval Angêlo, Jésus Lima e Rogério Correia.
A reivindicação dos quilombolas é a demarcação de suas terras via desapropriação.
- O poder judiciário vem sendo aliado das oligarquias fazendárias em detrimento dos negros e das comunidades quilombolas - afirma o coordenador da comissão da pastoral da terra do Norte de Minas.
- Exigimos que o poder público municipal, estadual e federal reconheça nossos direitos à educação, saúde, moradia, saneamento básico e transporte - afirma o presidente da Associação de quilombolas do Brejo dos Crioulos.
A comissão de direitos humanos da assembléia legislativa de Minas Gerias prometeu dar total apoio às comunidades quilombolas que, segundo o deputado Durval Ângelo, há muito tempo vêm sendo massacradas.