Ao defender mais uma vez a Reforma Política, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia disse nesta quinta-feira (20), que a medida vem para “refundar” o sistema eleitoral brasileiro e que algumas propostas poderão ser votadas ainda neste ano. Maia enfatizou que a mudança é urgente porque, com os recursos do fundo partidário, não é possível financiar as eleições gerais de 2018.
— Ou nós vamos mudar o sistema ou escrevam aí: daqui a pouco vai se precisar de mais dinheiro público para financiar as eleições. Ninguém está se dando conta disso - alertou.
O deputado pregou a redução dos custos de campanhas eleitorais e disse que com R$ 1 bilhão destinado anualmente ao fundo partidário, não é possível bancar eleição para presidência da República, governo estadual e legislativo.
— Se não criarmos um modelo que seja mais legítimo e mais barato, vamos ter problemas daqui a dois anos - completou, afirmando que a comissão especial na Câmara deve ser instalada na próxima semana.
REFORMA PREVIDENCIÁRIA
O presidente da Câmara dos Deputados também voltou a defender que o governo revele à população a herança de desequilíbrio fiscal deixada pelo governo anterior e o déficit crescente da Previdência.
— Ninguém quer reformar a Previdência para tirar direito de ninguém. O que a gente não pode é mentir para a sociedade, disse o parlamentar, citando como exemplo os servidores do Rio de Janeiro que pagaram a aposentadoria e hoje o fundo de previdência do Estado não tem recursos para garantir os benefícios.
— Não tenham dúvida: acontecerá a mesma coisa se a Previdência não for reformada. Não é uma questão de querer, é uma questão de necessidade. O Brasil precisa reformar porque, neste modelo, a Previdência e o Estado brasileiro vão ficar insolventes. Essa que é a verdade.