Samuel Nunes
Repórter
Na reunião ordinária da câmara municipal na manhã de ontem, 18, a interminável greve dos anestesistas pautou boa parte dos discursos. Ildeu Maia (PP), porta-voz do prefeito, disse que não pode ser chamado de greve um problema que se arrasta há mais de um ano e chamou à responsabilidade os governos municipal, estadual e federal para solucionar o problema.
O vereador Antônio Silveira (PTN), por sua vez, lembrou que chamou a atenção das autoridades constituídas do município para os problemas envolvendo os anestesistas bem antes de ser deflagrada a greve.
A greve dos anestesistas e reabertura da maternidade do hospital Aroldo Tourinho foram os temas predominantes na reunião da câmara.
- Entendo que falta diálogo desde o início do movimento. A situação chega ao ponto de pessoas residentes em Montes Claros transferirem o domicílio eleitoral para cidades menores para realizar cirurgia. A situação está gravíssima e o município, como pólo regional de desenvolvimento, não pode aceitar mais a greve dos anestesistas - disse.
Já o presidente da câmara, Athos Mameluque (PMDB), pontuou como primordial a reabertura da maternidade do hospital Aroldo Tourinho, marcada para acontecer no próximo dia 25 de outubro. O vereador, que também é provedor do Aroldo Tourinho, afirmou que a instituição hospitalar, conhecida em todo o estado como hospital amigo da criança, não poderia continuar com a maternidade fechada para a população.
- Em virtude das eleições, estava afastado da provedoria do hospital, mas, tão logo reassumi a função de provedor, iniciei conversações no sentido de reabrir uma das marcas do hospital, que é a maternidade - disse.
Segundo o vereador, a reabertura da maternidade se dá mediante parceria com a Unimed e coincide com as comemorações da semana da criança organizada pela direção do Aroldo Tourinho.
Segundo Athos Mameluque, no próximo dia 06 de novembro, acontece também uma vasta comemoração aos nascimentos na maternidade do hospital de 2000 a 2010. Estas crianças recebem neste dia presentes de uma entidade filantrópico-social dos Estados Unidos.
O vereador falou também da necessidade de se regulamentar a emenda 29, que aumenta os percentuais de gastos em saúde sobre a receita da União, dos estados e dos municípios na Constituição.