Raimundo do INSS quer vereador nas reuniões do prefeito

Jornal O Norte
Publicado em 15/05/2007 às 10:36.Atualizado em 15/11/2021 às 08:04.

Eduardo Brasil


Repórter


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Para o vereador Raimundo do INSS, também integrante da bancada situacionista, o debate do programa Governança Solidária não deveria ocorrer na câmara municipal. Ele entende a preocupação do vereador Athos Mameluque em levar para o parlamento o debate dos temas que envolvem o programa administrativo, mas teme que a iniciativa possa se transformar num palanque político, com a oposição levantando questões polêmicas sobre o que vem sendo decidido pela prefeitura e pela população.



- Não queremos tirar da câmara o direito de debater o assunto, mas é preciso conduzir as discussões sem partidarismo, de uma forma democrática, como vem ocorrendo nos bairros da cidade, onde as reuniões têm alcançado enorme sucesso entre a população – disse Raimundo do INSS, que votou contra a audiência pública marcada para o próximo dia 31, uma quinta-feira, às 19h30, quando a sessão ordinária será transformada em especial – certamente com a presença do consultor Rudá Ricci, do Instituto Cultiva, que idealizou o projeto da Governança Solidária, mas que o abandonou nos primeiros meses de 2007, acusando a prefeitura de ter se revelado incompetente para levar as ações adiante.



DECISÃO POLITIQUEIRA



Raimundo do INSS, de acordo com determinações do executivo, afirmou que de fato vinha insistindo, junto aos colegas de plenário, tanto da situação quanto da oposição, para que as discussões contassem com a participação dos vereadores, que estariam à margem do processo, recebendo poucas informações alusivas ao projeto, mas que essa inclusão deve se dar sem ranços políticos, troca de acusações, procedimentos que ele acredita serão prejudiciais aos objetivos que estão sendo propostos.



- Levarmos o assunto para o plenário da casa não foi uma decisão política de toda acertada, penso que seria até dispensável, já que as discussões atinentes estão sendo bem desenvolvidas nos bairros, conduzidas pela prefeitura que tem ouvido in loco as aspirações do povo. Na câmara municipal, essas discussões fatalmente serão prejudicadas pela questão partidária – disse ele.



VEREADORES NOS BAIRROS



Ainda de acordo com Raimundo do INSS, para evitar que os debates sobre a Governança Solidária despenquem para arengas políticas, com a audiência pública, a câmara municipal de Montes Claros deveria solicitar do executivo a definição de dia e local para que os vereadores pudessem acompanhar uma das suas assembléias populares e, assim, se posicionarem sobre o tema com autoridade.



- A câmara deveria solicitar do executivo essa reunião, que poderia ser a próxima a ser realizada pela prefeitura em um bairro da cidade. Seria a oportunidade de os vereadores se manifestarem, de serem inseridos no programa, de darem uma resposta ao povo que cobra uma posição do legislativo sobre o assunto – acrescentou, sem citar, porém, que tentativa nesse sentido foi feita pelo vereador Guila Ramos – PL, vice-presidente da câmara municipal, membro da bancada de oposição, que foi impedido de falar, pelo prefeito Athos Avelino, ao participar de uma das reuniões populares promovidas pela administração municipal.



- De fato fui impedido de falar e por isso defendo a realização da audiência pública na câmara municipal, porque desta forma ninguém cassará o direito constitucional de o vereador se expressar – disse Guila Ramos, que presidiu a reunião que votou e aprovou o requerimento da oposição.



- Acredito que a câmara municipal repensará o assunto, até mesmo decidindo por solicitar ao prefeito essa assembléia especial, em um bairro, com o legislativo se transferindo para o local do evento com todos os seus quinze vereadores – encerrou Raimundo do INSS.

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