A saúde pública de Montes Claros continua repercutindo muito mal. Na última semana a imprensa mineira noticiou uma falha grosseira da administração, o que impediu que Montes Claros recebesse 800 mil reais. A verba é um recurso repassado pelo Estado, para ressarcir a prefeitura pelos pagamentos em 2009 ao Serviço de Atendimento Móvel de Emergência (SAMU). Os dados bancários da prefeitura de Montes Claros estariam incompletos, inviabilizando o depósito da verba.
A direção do Partido Verde de Montes Claros, que em documento oficial rompeu aliança com a atual administração, entende que uma falha como essa representa a constatação do caos administrativo da cidade. "Não estamos em guerra contra prefeitura e essa reação do partido verde não é uma retaliação, representa a espera de quase 18 meses de ver uma administração municipal verdadeiramente compromissada e voltada para geração do progresso e crescimento desta cidade" disse o presidente do PV, Igor Versiane.
Essa constatação partiu de uma análise do setor nos últimos anos e o que se viu foi o enorme descaso da prefeitura com a saúde pública. Versiane lembra das promessas de campanha da prefeitura, como a construção de um hospital só para mulheres. "Não adianta agora falar em choque de gestão, se não há gestão administrativa eficiente, não existe comando. A saúde pública não depende só de recursos públicos, mas de boa gestão", disparou.
Promessas não cumpridas entram em choque com a publicidade oficial, que afirma que "a saúde de Montes Claros está cada vez melhor". Nenhuma maquiagem eleitoreira vai conseguir diminuir o altíssimo número de casos de dengue ou a quantidade de pernilongos da cidade. "É necessário que a gestão pública tenha um olhar mais responsável e consciente sobre o caos público que se instalou em Montes Claros, e nós, do partido verde, manteremos um olhar crítico e compromissado com o bem estar e os legítimos anseios de todos os moradores da cidade", concluiu Versiane.