Presidente do Prevmoc nega denúncia e diz que crítica é choro de derrotados

Jornal O Norte
Publicado em 01/10/2007 às 18:14.Atualizado em 15/11/2021 às 08:18.

Samuel Nunes


Repórter


samuelnunes@onorte.net



Em matéria publicada pelo O NORTE em sua edição de 26 de setembro, o vereador Lipa Xavier, do PCdoB, citando denúncia do sindicalista Lourival Ribeiro, questiona o fato de o presidente do Prevmoc -Instituto de Previdência dos servidores municipais de Montes Claros, Alfredo Ramos, não despachar como dirigente.



Para falar sobre o assunto, na manhã desta segunda-feira Alfredo Ramos concedeu entrevista a O Norte. Admite ter usado impresso do sindicato para enviar mensagens aos aposentados e pensionistas, lembra não querer polemizar com o vereador do PCdoB mas, por outro lado, destaca ter obtido mais de dois mil votos como candidato a vereador, advogando a tese de que as denúncias não passam de estratégia de quem perdeu a eleição.






Alfredo Ramos, presidente do Prevmoc: - Quem pode dizer se estou trabalhando ou não são os servidores, aposentados ou pensionistas (foto: Wilson Medeiros)



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- Na nota você é citado como se estivesse recebendo salários como presidente do Prevmoc sem comparecer ao trabalho. Procede a denúncia?



Primeiro, gostaria de dizer que não é interesse da minha parte fazer um embate público com o vereador Lipa Xavier, mesmo por que integramos uma coligação vitoriosa, PCdoB, PPS e PT. Só o Partido dos Trabalhadores ofereceu 12 mil votos à coligação, embora não tenha sido suficiente para eleger nenhum vereador. Isto não é problema, porque faz parte da regra do jogo. Então, ele está lá, como também Cori Ribeiro, com a nossa votação. Eu, individualmente, tive mais de dois mil votos. Segundo, o vereador cita que está reportando a carta de um tecelão. Então, neste ponto eu acho que não tenho que responder ao vereador, já que é o tecelão que está dizendo tudo que ele reproduziu na câmara. Com relação ao tecelão, nós vamos buscar os meios judiciais legais para que ele diga de fato se escreveu aquilo contra a minha pessoa. Sou presidente do Prevmoc há quase um ano, e quem pode dizer se estou trabalhando ou não são os servidores, tantos os aposentados quanto os pensionistas.



- E sobre a denúncia de que você estaria utilizando veículo do Prevmoc na última assembléia dos trabalhadores da indústria têxtil?



Na verdade eu realmente sou advogado do Sindicato dos Tecelões e estava conduzindo esta assembléia por ordem judicial. O Lourival formou uma chapa para tentar concorrer à eleição do sindicato, que foi realizada em 2006. No entanto, ele e o seu grupo não foram aceitos por não serem associados. Entraram com uma ação na justiça, com o apoio do PCdoB e do Lipa. O juiz anulou a eleição e mandou fazer uma assembléia para eleger uma junta governativa que vai organizar o sindicato para a realização de novas eleições em 90 dias. Eu conduzi esta assembléia junto com o advogado do outro grupo, Doutor Leandro. O vereador tentou entrar na assembléia, mas foi impedido, pois os participantes devem estar em dia com o sindicato. Não houve fraude. O resultado das eleições foi 134 a 89, com oito abstenções. Não foram falados os números, ou seja, uma outra chapa ganhou as eleições para ficar na junta governativa. Eu estava conduzindo a assembléia com o meu carro, uma caminhonete, nunca fui ao sindicato com carro do Instituto. Isso é uma mentira e vamos acionar o Lourival judicialmente para responder por isso. Isso é choro de quem não conseguiu êxito na assembléia. 



- O NORTE publicou manifestação de um aposentado que reclamou do fato de você, como pretenso candidato nas eleições de 2008, estampar seu nome nas folhas de contracheques dos aposentados do Prevmoc, com votos de saúde e prosperidade...



De fato aconteceu isto. Agora, candidatura só existe a partir de homologada na convenção, entre 30 de junho e 05 de julho, 90 dias antes do pleito. Então, não há nenhuma candidatura, sou pretenso candidato a vereador como qualquer um pode ser. O fato de ter aparecido no contracheque votos de prosperidade, isto não é ilegal, imoral nem antiético. Enquanto eu não sou candidato, nada pode tolher o meu poder diretivo na empresa e é isso que estou fazendo.

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