A prefeitura de Montes Claros, através da comissão de licitação que promove a concorrência do transporte coletivo urbano da cidade, se enrola cada vez mais no processo que vem sendo acompanhado pela população. Em edital que publica em jornais da cidade, anuncia a abertura dos envelopes para a próxima segunda-feira, às 15 horas, e comunica ainda que estão habilitadas a Alprino, Transmoc e Soares Andrade, excluindo a empresa Campibus, de Campinas - SP, que foi denunciada por indícios de conluio e fraude com a empresa de Belo Horizonte.

Depois que habilitou as quatro empresas para a abertura das propostas, a  prefeitura teve que voltar atrás tomando como base recursos impetrados pelas empresas de Moc e fazendo vistas grossas para as irregularidades cometidas pela VAS, do grupo Cowan.

Segundo O Norte apurou, a reunião no gabinete do prefeito foi tensa, com  secretários interessados opinando contra e ou a favor, dependendo do interesse de cada um deles. Coube ao secretário municipal de Administração, Gilmar Ribeiro, fazer a opção pela saída da Campibus, recebendo parecer favorável dos presentes, decisão que teria de ser exclusiva do chefe do executivo.

Segundo os concorrentes, com irregularidades mais graves e comprometedoras do que a sua irmã siamesa Campibus, a Soares Andrade foi privilegiada e continua no páreo. Conforme documento expedido pela BHTrans e reconhecido pelo Crea MG, existe a comprovação de que a Soares Andrade está inativa há 05 anos.

A reportagem tentou entrar em contato com as empresas envolvidas, mas a Campibus não quis se pronunciar, e a VSA não existe no endereço que foi anexado ao processo. O detalhe é que não houve recursos, por parte das concorrentes, em relação às propostas apresentadas pela Alprino e pela Transmoc.