Em menos de 4 minutos, o PMDB decide pelo rompimento com o governo da presidente Dilma. Com isso, PMDB rompe com a aliança que existia desde 2004.
A reunião foi aberta pelo senador Romero Jucá, que iniciou colocando que a reunião requer a saída do partido do governo com a entrega de todos os cargos. Em seguida, deu início à votação, que seria por aclamação, quando imediatamente todos se levantaram, erguendo as mãos.
Jucá enfatizou se tratar de uma reunião histórica para o PMDB e reforçou que, a partir deste momento ninguém está autorizado a exercer qualquer cargo federal em nome do PMDB. A decisão está tomada. Com o rompimento aprovado, a reunião foi encerrada com o brado: “Viva o Brasil”.
No encontro estavam presentes vários caciques do partido, incluindo o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que acatou o pedido de impeachment contra Dilma, avaliado por uma comissão de parlamentares. O vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não participaram da reunião.
Rompimento em Minas
Segundo lideranças do partido na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em breve haverá também um posicionamento dos deputados que, em decorrência da decisão de deixar o Governo Federal, não tem mais clima para continuar fazendo parte do governo de Fernando Pimentel.
Em reunião do diretório estadualrealizada na segunda-feira(28), o PMDB de Minas não discutiu o assunto, mas admitiu desconforto, já que conta com quatro secretarias, entre elas a secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana, que tem como titular o deputado norte-mineiro Tadeu Martins Leite.
Com apenas uma abstenção, o partido decidiu romper com o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e o vice-governador do Estado e presidente estadual do PMDB, Antônio Andrade, disse que o partido ao decidir romper com o governo entregou os cargos de segundo escalão na Ceasa, DNPM e na Codevasf. Segundo Andrade, o desembarque é necessário para que o partido tenha liberdade de votar o pedido de impeachment contra Dilma.
A decisão afeta a direção da superintendência da Codevasf em Minas Gerais, cuja sede é em Montes Claros e o dirigente é o ex-deputado Aldimar Dimas Rodrigues.
Na manhã desta terça-feira, o secretário de Defesa Social, Bernardo Santana, que é presidente do PR em Minas, pediu exoneração da pasta alegando que ficará por conta dos candidatos da agremiação nas eleições deste ano.
