(Reprodução/Redes Sociais)
Por determinação do Supremo Tribunal Federal, a polícia federal deflagrou nesta terça-feira, a 10° fase da operação “ Lesa Pátria”, que busca identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os atos de 8 de janeiro de 2023 em Brasília-DF e resultaram na depredação da sede dos três poderes.
Foram cumpridos 16 mandados de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal.
Nesta fase, dois norte- mineiros foram detidos. Os advogados Aline Leal Bastos Morais de Barros, natural de Rio Casca e com domicílio em Montes Claros - onde foi candidata a vereadora pelo PL e onde é presidente do Partido - e Silvio de Melo Rocha, de Monte Azul, também advogado e presidente do diretório do PL naquela cidade
Aline Leal prestou depoimento e, de acordo com o seu advogado Farley Soares de Menezes, ela permanece até o final da tarde desta terça, na sede da Polícia Federal aguardando a audiência de custódia.
“A situação de Aline é muito tranquila. Ela foi ouvida e não participou do ato em si, que é objeto da operação. A própria PGR já pediu a revogação da prisão. Estamos preparando uma petição para encaminhar ao Ministro Alexandre de Moraes e aguardando a audiência de custódia. Ela é advogada, tem direito a Sala do Estado Maior garantida pelo Estatuto da Advocacia e provavelmente ela volta para casa sem restrições. Bastava ter sido intimada para depor”, explica Farley.
A prisão preventiva de Aline Leal, se deve ao fato de que data da manifestação, ela ter divulgado em sua rede social vídeos e fotos mostrando um ônibus que teria sido liderado por ela, com manifestantes que saíram de Montes Claros com destino a Brasília para participar de manifestação. Posteriormente ela publicou outro vídeo no local dos acontecimentos, dando conta de sua participação. Com a repercussão, negativa a advogada apagou as postagens e bloqueou o perfil.
Quanto ao advogado Silvio Melo, pesa a acusação de que ele teria se pronunciado em rede social afirmando que “as instituições federais haviam sido tomadas e era o início de uma guerra”. As imagens em poder do Ministério Público, mostravam o advogado no local de destruição.
O Norte buscou contato com a defesa ou familiares de Silvio, sem sucesso.
NOTA DA PF
Em nota, a Polícia Federal informou que a investigação acontece no âmbito dos crimes de “abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”.