O Ministério Público Federal de Minas Gerais denunciou nesta quinta-feira, 21 funcionários da mineradora Samarco e de suas controladoras, as empresas Vale e BHP Billiton, por homicídio devido ao rompimento da barragem de Fundão, em Mariana. A tragédia deixou 19 mortos no início de novembro de 2015.
O MPF alegou que os denunciados sabiam dos riscos de rompimento da barragem, mas a ganância teria falado mais alto do que a segurança.
- Havia sempre a busca pela exploração de mais minério, sempre em busca de aumentar os lucros e dividendos para a Samarco e suas detentoras - afirmou o procurador José Adércio Leite Sampaio.
Os 21 acusados, entre eles o ex-presidente da Samarco Ricardo Vescovi e integrantes estrangeiros do conselho de administração da empresa, responderão por homicídio qualificado com dolo eventual (quando se assume o risco de matar) e por crimes de inundação, desabamento, lesão corporal e degradações ambientais.