MG descumpre lei de aposentadoria de mulheres policiais

O descumprimento, em Minas Gerais, da Lei Complementar Federal 144, de 2014, que dispõe sobre a aposentadoria de mulheres policiais depois de 25 anos de contribuição para a previdência, foi tema de audiência pública na manhã desta terça-feira (11/8/15)

Jornal O Norte
Publicado em 12/08/2015 às 07:23.Atualizado em 15/11/2021 às 16:21.

O descumprimento, em Minas Gerais, da Lei Complementar Federal 144, de 2014, que dispõe sobre a aposentadoria de mulheres policiais depois de 25 anos de contribuição para a previdência, foi tema de audiência pública na manhã desta terça-feira (11/8/15). A reunião foi realizada pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O deputado Sargento Rodrigues (PDT), autor do requerimento que deu origem à reunião, salientou que tramitam na ALMG dois projetos que pretendem garantir esse direito às policiais, apesar de considerar que isso não deveria ser necessário, uma vez que já existe norma federal para tratar do assunto.

A Lei Complementar 144 altera a Lei Complementar Federal 51, de 1985, para garantir às policiais o direito de requerer sua aposentadoria ou transferência para a reserva remunerada após 25 anos de contribuição, com proventos integrais, desde que se contem, pelo menos, 15 anos de efetivo serviço. De acordo com o deputado Sargento Rodrigues e vários representantes das policiais presentes, esse direito tem sido negado em Minas Gerais.

Assim, foram apresentados pelo parlamentar na ALMG os Projetos de Lei Complementar (PLC)14/15 e 15/15, que pretendem alterar, respectivamente, a Lei Orgânica da Polícia Civil e o Estatuto dos Militares com o objetivo de garantir tal direito. O deputado Sargento Rodrigues reforçou que a legislação federal deveria ser suficiente, mas diante do seu descumprimento, os novos projetos ajudam a levantar o debate.

O presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil, Denilson Martins, ressaltou que o direito não é privilégio, e sim o reconhecimento de uma situação funcional específica. “O policial não pode se negar a enfrentar o playboy ou o Beira-Mar, a pular em uma enchente para fazer um resgate, a entrar em um tiroteio, mesmo que tenha família, que tenha filhos em casa”, disse, salientando os riscos da profissão. Ele disse, ainda, que a pressão sobre as mulheres é ainda maior, já que além da jornada dupla, precisa enfrentar situações como assédios sexuais.

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