
Alunos do Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Deputado Antônio Pimenta, no bairro Santa Rita, são expostos diariamente ao risco de acidentes. O trânsito em frente à escola, no cruzamento da rua Monte Plano com a avenida Santa Catarina, é intenso e, sem semáforo ou faixa de pedestres, as crianças têm que contar com a boa vontade dos motoristas para atravessarem a via.
Em 24 de agosto de 2017, o vereador Marlon Xavier enviou ofício à MCTrans solicitando a instalação de redutores de velocidade no local.
O documento foi protocolado, mas de acordo com uma mãe de aluno, a alegação do órgão municipal é a de que não existe nenhum pedido nesse sentido.
“Tem muita criança e a rua é movimentada. Passam caminhões e motos em alta velocidade. Eu levo meu filho segurando pela mão o tempo todo, mas existem muitos idosos ou irmãos menores que levam as crianças e correm um risco muito grande”, diz Raíssa Rodrigues.
ABAIXO-ASSINADO
Ela conta que os pais se reuniram e estão colhendo assinaturas em um abaixo-assinado para levar ao órgão o pedido de intervenção no trânsito local.
O autônomo Gilberto Soares é morador da região e disse que já houve acidente no local. “Graças a Deus ainda não houve vítima, mas o perigo assusta. Tem dois anos que estamos prevenindo a administração, mas eles não fazem nada. Eles só vão acordar quando acontecer uma tragédia. Aí vai ser tarde demais. Nós não queremos que aconteça para depois dar o grito. Já avisamos”, afirma Gilberto, que avalia que em toda porta de escola deveria haver sinalização adequada.
O presidente da MCTrans, José Wilson Guimarães, não foi encontrado para falar sobre o assunto.
CONVOCAÇÃO
E justamente por não atender às demandas da população e não explicar as ações do órgão que preside, José Wilson Guimarães deverá ser convocado nos próximos dias à Câmara Municipal. O objetivo é que ele esclareça ações do órgão e dele próprio à frente da MCTrans.
Essa é uma das medidas adotadas pelo vereador Marlon Xavier que reúne documentos para exigir uma explicação do prefeito Humberto Souto nos próximos dias em relação às demandas não cumpridas.
“A MCTrans hoje é mal dirigida. O presidente já utilizou a instituição em benefício próprio, continua utilizando para colocar placas onde os seus parentes moram. Há denúncias no Ministério Público contra ele, de natureza penal. Enfim, ele não atende a população. Mais uma vez falamos no plenário e, de agora em diante, entraremos com medidas drásticas”, disse o parlamentar.