O vereador Lipa Xavier – PCdoB considerou graves as acusações contra o presidente do Prevmoc, Alfredo Ramos Neto. Segundo ele, a questão da perseguição sofrida pelos funcionários da Coteminas, que era uma preocupação da câmara municipal de Montes Claros, ressaltada por ele por várias vezes da tribuna parlamentar, passa a ser um assunto que merece, agora, com a denúncia de envolvimento da máquina administrativa do município em esquemas fraudulentos, maior participação do legislativo.
- A denúncia de que um servidor público deixa seu posto de trabalho para agir como advogado, para isso utilizando meios do poder público, além de abandonar o local de serviço para tratar de assuntos pessoais, lucrativos, é bastante grave. À denúncia de perseguição se agrega outro elemento, abuso do poder, que obriga a câmara municipal a atuar com mais estreiteza na questão, na defesa do povo. Esse seria por parte do presidente do instituto um procedimento criminoso – disse Lipa, defendendo que a câmara municipal apure até onde a informação é verdadeira.
- E, se for que haja punição para os envolvidos. Não podemos permitir que, na condição de servidor público alguém abandone seu posto de trabalho, remunerado pelo povo, para prestar serviços de advogado e dar contornos de veracidade a fraudes que prejudicam a classe trabalhadora.
LUDIBRIADOS
Ainda de acordo com Lipa Xavier, Alfredo Ramos Neto e Vicente Rodrigues, segundo os trabalhadores da Coteminas, teriam persuadido os trabalhadores demitidos da empresa têxtil Paculdino a participarem da assembléia realizada no dia 17 deste mês (que poderá ser anulada se a justiça confirmar as fraudes denunciadas) enganando-os. Teriam alegado que na assembléia, que serviria unicamente para aprovar ou não a constituição de uma junta governativa até a realização de outras eleições para o sindicato dos tecelões (sem os vícios que marcaram a anterior, com a qual a diretoria considerada pelega quase conseguira manter posição na entidade, não fosse determinação judicial que obrigou a promoção de um novo pleito), que na dita reunião seriam colocados em pauta assuntos especialmente de seu interesse, o que não aconteceu.
- Aqueles trabalhadores foram levados à assembléia com a promessa de que seriam debatidos seus problemas relativos aos direitos trabalhistas, que ainda não foram garantidos pela empresa que os demitiu. Só que a intenção era outra: a de os convencerem a não votar pela constituição da junta governativa, o que de uma forma ou de outra os dois, Vicente e Alfredo, conseguiram. Os trabalhadores foram ludibriados – observa Lipa Xavier, acreditando que a justiça se pronunciará a favor dos trabalhadores, mais uma vez.
- E a justiça do Trabalho continua ser ágil nesse aspecto de fazer valer o que é legal – conclui o vereador. (EB)