Samuel Nunes
Repórter
O governador Antônio Augusto Anastasia concedeu entrevista coletiva à imprensa na manhã de ontem, 25, durante realização do seminário de direito administrativo Propostas e experiências positivas da administração, realizado pelo instituto mineiro de direito administrativo na sede da ordem dos advogados do Brasil, subseção de Montes Claros.
Anastasia respondeu perguntas dos jornalistas quanto a assuntos recorrentes como, por exemplo, a greve dos professores da rede estadual de educação. Ele explicou que o estado reconhece que os salários dos servidores, em geral, são baixos, inclusive do magistério. Entretanto, afirmou que o percentual de aumento está no limite da lei de responsabilidade fiscal.
Anastasia prestigiou, em Montes Claros, o seminário de direito administrativo, realizado na subsecção da OAB.
O governador ainda reforçou que outro impedimento diz respeito à lei eleitoral. Ele demonstrou confiança no retorno dos professores ao trabalho, se referindo à assembleia que aconteceria na tarde de ontem em Belo Horizonte. Salientou que, caso contrário, já existe autorização da justiça para que os professores grevistas sejam substituídos.
O governador falou ainda da sucessão e lembrou que a campanha só começa em julho, depois do registro das candidaturas. De acordo com Anastasia, a campanha só se inicia após a copa do mundo, com a propaganda eleitoral na televisão. Admitiu que ainda há um desconhecimento da população em relação ao seu nome e vai trabalhar para mudar esse quadro.
Sobre o ex-governador Aécio Neves, pré-candidato ao senado, Anastasia afirmou que sua presença é fundamental, pelo falo de ser uma grande e reconhecida liderança política.
Após a coletiva, o governador fez rápido discurso para os estudantes, advogados e autoridades jurídicas presentes ao seminário. Já na saída do auditório, foi abordado por uma servidora pública estadual. Maria Ideli, professora de matemática na escola estadual professora Dulce Sarmento, driblou seguranças e assessores e se aproximou do governador. Ela mostrou seu contracheque.
- Mostrei ao governador o contracheque de 1995, quando o salário mínimo era de R$ 100,00 e eu ganhava R$ 546,73 líquidos. Já em 2010, o salário mínimo é de R$ 510,00 e o servidor ganha R$ 546,00. Disse a ele da necessidade e importância de se valorizar o professor - afirma.
A servidora, que também é filiada ao Sind-Ute, disse que a alegação do governador sobre o aumento é que não pode ultrapassar o limite da lei de responsabilidade fiscal.