A longa estiagem no Norte de Minas, que tem trazido impactos como a vulnerabilidade social, escassez de água e levado diversas famílias norte-mineiras. Para discutir soluções para o problema que é recorrente e entender os desafios enfrentados pelos municípios, estiveram reunidos na Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (AMAMS) nesta terça-feira (28) o secretário nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social, André Quintão (PT), prefeitos e, principalmente, assistentes sociais.
Para o secretário André Quintão, o projeto que o Ministério apresentará no mês de dezembro vai trazer uma nova perspectiva de política pública para as questões sociais, principalmente em relação à população em situação de rua. “Apresentaremos até dezembro o plano para a questão da população em situação de rua, além de, no âmbito do Ministério, termos as políticas de segurança alimentar, como a ampliação do programa de aquisição de alimentos, o fomento rural, cisternas, ou seja, um conjunto integrado para diminuir a fome”, ressaltou. 

MOMENTO DIFÍCIL
Durante o encontro, o secretário-executivo da AMAMS, Ronaldo Dias, enfatizou os desafios enfrentados pela região devido à longa estiagem e pediu políticas públicas fortes para solucionar as consequên-cias. “ Muitos produtores rurais, agricultores, pessoas que estão na ponta, nos nossos municípios, perderam suas plantações, que seriam para a subsistência. Então, hoje pedimos ajuda ao secretário para fortalecer as políticas públicas da assistência social e consequentemente, ajude os municípios para que possam atender essas famílias que estão passando por um momento difícil”, enfatiza. 
As dificuldades estão ainda maiores, segundo a psicóloga e coordenadora do departamento de Assistência Social da AMAMS, Laila Tatiane Souza devido à falta de recursos em municípios de pequeno porte, que estão, eles mesmos, arcando com os custos dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) e Unidades de Acolhimento. “Viemos hoje, pedir para incluir na pauta a expansão desses serviços e a adequação aos pisos estabelecidos pela PEC 383, que propõe alterações na Constituição Federal para assegurar recursos mínimos ao Sistema Único de Assistência Social (SUAS)”, cobrou.
Já a assistente social da Secretaria de Desenvolvimento Social de Montes Claros, Rosilene Tavares, salientou que a política de assistência social precisa ser entendida com uma política pública de fato, pois, muitas vezes, passa por assistencialismo. “Queremos que essa política pública seja realmente vista como um direito que está na Constituição.”, pontuou.

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