Eduardo Brasil
Repórter
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Guila Ramos sugere união através de candidaturas mais sólidas, ainda que isso exija renúncia de pré-postulantes às urnas de outubro
(foto: arquivo)
O vereador Guila Ramos - PL tem acompanhado com a atenção de um bom mineiro as colocações - pela mídia e nos bastidores da política, de pré-candidatos às eleições de outubro de olho em uma das cadeiras da assembléia legislativa ou do congresso nacional.
E confessa: tem encontrado em todas elas convergências que agradam o eleitor esperançoso de melhorar de vida - tornar o Norte de Minas forte e respeitado nas esferas dos poderes estadual e federal.
- É urgente que concretizemos essa idéia, que tenhamos essa força política à altura de asseguramos os recursos que competiriam aos norte-mineiros, mas que acabam abocanhados pela mobilização de parlamentares de outras regiões - ressalta, referindo-se às representações políticas, tidas como verdadeiras fortalezas na assembléia do estado e no congresso do país na defesa de seus interesses regionais e em detrimento absoluto dos interesses do Norte de Minas, fragilizado nas suas representações.
Segundo ele, haveria entre os postulantes ao pleito um pensamento amadurecido de que o Norte de Minas precisa reagir a essa fraqueza, a esse vazio, à discriminação de décadas para figurar no cenário das decisões nacionais.
Guila Ramos considera o momento oportuno para essa inserção política, mas entende que somente de boas idéias alguns objetivos nunca são alcançados. Para ele, é preciso evitar a proliferação de candidaturas.
- Já que existe um pensamento comum sobre o que deve ser feito, o sensato seria concentramos forças para que não haja pulverização de votos.
ALTERNATIVA
Guila Ramos sugere que os pré-candidatos que já percebam dificuldades em vencer nas urnas, renunciem e fortaleçam candidaturas mais consistentes.
- Pode parecer utópico sugerir essa coesão, esse discernimento, mas é que a região do Norte de Minas precisa é disso: união. Temos de ocupar nosso espaço no congresso em Brasília e aumentar nossa representatividade na assembléia em Belo Horizonte. Mas as candidaturas devem ser sólidas.
Ainda segundo o vereador, o momento exige que sejam evitadas aventuras eleitorais, paixões políticas, sectarismos inócuos, vaidades políticas que possam interferir negativamente nos objetivos favoráveis ao desenvolvimento de mais de dois milhões de pessoas. Ele lembra que, às vezes, a quantidade não significa qualidade.
- Tivemos, por exemplo, uma época de grandes avanços e só contávamos com duas representações no cenário da política nacional. Mas eram políticos determinados e que evidenciaram o Norte de Minas nas decisões nacionais, trazendo importantes investimentos para a região - acrescenta, referindo aos ex-deputados Humberto Souto e Antônio Dias.
CÂMARA
Em relação aos colegas de plenário da câmara municipal de Montes Claros, que tentarão as urnas de outubro - num total de seis: Fátima Pereira – PTB, Ruy Muniz - PFL, Cori Ribeiro - PPS, Sebastião Pimenta - PTC, Antônio Silveira - PTN e Lipa Xavier - PCdoB, Guila Ramos hipoteca todo o apoio. Segundo ele, todos os aspirantes a candidatos reúnem as qualidades necessárias para conquistar o voto do eleitor pelos serviços que prestaram e prestam ao município e ao Norte de Minas.
Porém, ele diz que o entendimento suprapartidário que sugere, e que exige abdicações em nome do coletivo passaria também pelos colegas de parlamento.
- Não quero citar nomes, mas existem pré-candidatos com maiores possibilidades de vencer as eleições. Talvez seja o caso de uma conversa entre eles mais condizente com o quadro que aos poucos vai se confirmando. Penso que três deles reúnem condições mais reais de se elegerem, embora seja incentivador de todas as seis candidaturas. Mas desde que haja união - encerra o vereador.