A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira, a Operação Métispara desarticular associação criminosa armada que seria responsável por embaraçar a Operação Lava Jato e outras investigações da instituição. Quatro policiais legislativos foram presos temporariamente, incluindo o diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo. Ele e os subordinados foram flagrados em ações de contrainteligência para ajudar senadores que estão sendo investigados pela Procuradoria-Geral da República e acusados de fazerem varreduras nos gabinetes de Fernando Collor, Edison Lobão, Gleisi Hoffmann e José Sarney.A ação tem o apoio do Ministério Público Federal.
LEGALIDADE
O presidente do Senado, Renan Calheiros defendeu a legalidade de varreduras realizadas pela Polícia Legislativa da Casa, que, segundo ele “exerce suas atividades dentro do que preceitua a Constituição, as normas legais e o regulamento administrativo do Senado Federal”. Ele também ressaltou que as varreduras não acarretam em outros tipos de monitoramento e que atividades como varredura de escutas ambientais restringem-se a detecção de grampos ilegais.
O presidente do Senado afirmou ainda que a postura colaborativa do órgão eque aguardará as investigações. Ele também criticou o Ministério Público e a Polícia Federal ao dizer que as instituições devem “guardar seus limites”.
- Valores absolutos e sagrados do estado democrático de direito precisam ser reiterados, como a independência dos poderes, as garantias individuais e coletivas, liberdade de expressão e a presunção da inocência – resumiu o presidente do Senado.