Da Redação
Embora a imprensa nacional não tenha tratado do assunto ontem, sexta-feira, a maior curiosidade sobre a CPI dos correios deverá ser esclarecida a partir da próxima semana: a origem do dinheiro emprestado ao empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e emprestado por este ao PT e outros partidos da base aliada do governo. A reportagem de O Norte apurou em Brasília-DF que esse mistério começará a ser desvendado a partir da quebra do sigilo bancário dos fundos de pensão de Marcos Valério, Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, e dos bancos Rural e BMG.
Os aproximadamente dois bilhões de reais desviados pelo valerioduto teriam se originado da seguinte rota: fundos de pensão como Previ, de Furnas, da Petrobras e do Irb – Instituto de resseguros do Brasil aplicavam naqueles bancos a juros de 1.2 e 1.3%. Esse dinheiro era, então, emprestado a funcionários públicos e descontados em folha, à razão de 3% ao mês. O lucro resultante dessas operações eram emprestados a Marcos Valério que, por sua vez, repassava parte ao PT ou diretamente a políticos ligados ao governo Lula.
É nessa direção que deverá andar a CPI a partir de agora. Há outra curiosidade ainda não esclarecida, que é a participação de políticos do Norte de Minas no esquema do mensalão.