Pimentel autoriza início de obras em escola, desejo antigo de moradores de Sabará
(Carlos Alberto/Imprensa MG)
O governador Fernando Pimentel assinou ontem, em Sabará, Território Metropolitano, despacho governamental determinando à Secretaria de Estado de Educação e ao Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER/MG) o início das obras de ampliação e restauração do prédio da Escola Estadual Paula Rocha. Nas obras, com início previsto para este mês, deverão ser investidos cerca de R$ 3,3 milhões. A previsão de conclusão é para o final de 2019.
A reforma e ampliação do espaço escolar é uma demanda antiga da população de Sabará. O prédio foi interditado em 2012, após vistoria do extinto Departamento Estadual de Obras Públicas (Deop) e, no ano seguinte, os alunos da instituição foram transferidos para outras duas escolas estaduais localizadas nas proximidades.
Durante a solenidade de assinatura, Fernando Pimentel afirmou que se sentia “incomodado” pela demora do início das obras. “Eu cobrava todo dia das secretarias de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) e de Educação (SEE). Aí você vai descobrindo as coisas. Inicialmente, nós tínhamos um projeto. Depois, o projeto não foi aprovado pelo Iepha (Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais), teve de voltar e refazer. Nesse meio tempo, perdeu-se o contrato original, e tivemos que fazer outra licitação. Tudo no setor público é muito demorado. Mas conseguimos chegar ao final desse processo e a ordem de serviço já foi dada”, afirmou.
A reforma da Escola Estadual Paula Rocha foi uma das demandas apresentadas pelos moradores e lideranças de Sabará durante a realização do Fórum Regional Metropolitano. Para o governador, esse mecanismo está dando certo e a população consegue priorizar o que é mais importante. “Nós não temos dinheiro. O Estado está em uma situação orçamentária terrível. Nós herdamos um déficit de R$ 10 bilhões. Estamos diminuindo aos pouquinhos, mas, ainda assim permanece um déficit ainda muito substancial. Então, quem tem pouco dinheiro não pode errar na aplicação do dinheiro e, para não errar, você tem que ouvir a população. Tem de estar perto, tem de chegar lá, tem de ter humildade para ouvir críticas. Tem de chegar perto dos prefeitos e escutar qual é a necessidade e deixar que as comunidades escolham aquilo que é mais importante”, disse.
Prédio tem importância histórica para a cidade
O prédio da Escola Estadual Paula Rocha tem arquitetura neoclássica e faz parte do centro histórico de Sabará, tendo sido tombado em 1938 pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Entre as intervenções previstas, estão serviços de restauração do prédio principal, pintura paretal e ladrilhos hidráulicos, além de recuperação de pisos, forros, portas e janelas. As instalações hidráulicas e elétricas serão trocadas.
Está prevista a construção de um anexo com 362 metros quadrados de área construída, implantação de rampas cobertas e descobertas, instalação de plataforma de deslocamento vertical para acessibilidade, sistemas de combate e prevenção de incêndio e de proteção contra descargas atmosféricas.
PERSONALIDADES
Segundo o prefeito de Sabará, Wander Borges, a realização das obras é uma demanda antiga de diferentes setores da sociedade. Ele contou que estudaram na escola, entre outros, o ministro Sepúlveda Pertence, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, e o desembargador Hélio Costa, ex-membro do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. “Essa questão da obra é uma luta que começou no final de 2012. Durante todos esses anos, a nossa luta junto com a sociedade, com a direção da escola, com os pais e os nossos alunos e as nossas inúmeras idas e vindas ao governo de Estado. Essa obra é da sociedade, e hoje a gente vê realizado um sonho”, disse Wander.
Para a diretora da Escola Estadual Paula Rocha, Fátima Regina, o prédio teve grande influência em diferentes gerações de moradores da cidade. “É uma escola tradicional. Por isso, ela é tão procurada, mesmo nessa atual situação que estamos, porque os pais querem que seus filhos estudem nela. Tudo o que a gente mais quer é voltar para o verdadeiro local”, afirmou.