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A crise parece mesmo ter se instalado no serviço de hemodiálise prestado pelos hospitais da cidade. Reportagem publicada nesta quarta-feira (03) em O Norte mostrou o drama do garçom Lionídio Soares Castro, que faz o tratamento no hospital Dilson Godinho e está preocupado com a redução no tempo da sessão de hemodiálise, que baixou para três horas devido à falta de máquinas no hospital, o que pode comprometer o tratamento.
Na terça-feira (02) a crise na hemodiálise também foi discutida de forma ampla pelos membros da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, durante reunião ordinária. O vereador Dr. Valdivino (PMDB) chamou a atenção para os problemas relatados.
- Como membro da Comissão de Saúde e como médico, devo alertar para o caos que se instaurou no serviço de hemodiálise dos hospitais Dilson Godinho e Santa Casa. As reclamações que chegam são muitas e os aparelhos parados por falta de manutenção colocam em risco a vida de muitos pacientes – afirmou o vereador.
O vereador Fábio Neves (PROS) também destacou a gravidade do problema na cidade.
- No último ano, a saúde da cidade se tornou um caos. As reclamações só aumentam e quem sofre é a população. Espero que providências sejam tomadas antes que coisas piores aconteçam – explicou Fábio Neves.
Comissão vai tomar providências
O presidente da Comissão de Saúde do legislativo municipal, vereador Fernandão Anjo do Futuro (PRTB), disse estar muito preocupado com a atual situação no serviço de hemodiálise da cidade, pois nos últimos dias recebeu várias reclamações. De acordo com o vereador, a mudança na gestão da saúde trouxe muitos problemas, dentre eles a dificuldade em buscar respostas.
- Hoje, enfrentamos uma grande dificuldade com relação a isso. Anteriormente, cobrávamos respostas e propúnhamos soluções abertamente junto à secretária municipal de Saúde. Agora parece haver uma enorme distância para obter esclarecimentos por parte da Superintendência Regional de Saúde. Neste caso específico da hemodiálise, já estamos tentando agendar uma reunião para cobrar explicações e levar as reclamações que têm chegado – comenta.
De acordo com Fernandão, o problema nos hospitais é grave e a situação se descontrolou em pouco tempo. O presidente da Comissão explica que, além da queixa dos pacientes, as reclamações dos funcionários dos hospitais também são muitas.
- Funcionários do hospital Dilson Godinho, por exemplo, reclamam de atrasos constantes no pagamento. As reclamações dos pacientes com relação à redução no tratamento, pelo que já apuramos inicialmente, também é realidade por lá – afirma o vereador.
A Santa Casa informou que 36 máquinas são utilizadas hoje para o serviço de hemodiálise, em até quatro turnos. Já o hospital Dilson Godinho informou que 25 máquinas estão funcionando plenamente no atendimento de 150 pacientes e que há 7 máquinas em manutenção. O hospital informou ainda que está em dia com o pagamento dos funcionários, mas que há atrasos com alguns prestadores de serviço.

