Eduardo Brasil


Repórter


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O presidente da câmara municipal de Montes Claros, Cori Ribeiro – PPS reiterou que a instalação da CLI – Comissão legislativa de inquérito para apurar denúncias de fraudes na licitação do transporte coletivo urbano não depende dele. Assegura que uma vez o requerimento reunindo as cinco assinaturas exigidas pelo regimento interno da casa não hesitará em criar a comissão investigadora.

- Assim que um vereador assinar o documento, naturalmente que a mesa diretora instalará a CLI. O que eu não posso fazer é atropelar normas parlamentares e instalá-la ao arrepio da lei – disse.

Cori Ribeiro acha conveniente ser inquirido na justiça: - É uma oportunidade de deixarmos as coisas claras

De acordo com Cori Ribeiro, entre o real e o ideal existe um caminho longo a percorrer e que ele não se distanciará dos rumos da legalidade para jogar para a galera. Garante que a câmara municipal não é contra a apuração das denúncias e que a casa dará a sua contribuição para que a transparência do processo de licitação seja defendida.

- Independentemente de instituirmos ou não a CLI. Mas temos de nos pautar na legalidade e até o momento temos feito isso, com base em argumentos jurídicos – ressaltou.

FILIAÇÃO IRREGULAR

Cori Ribeiro acrescenta que não foi somente o fato de os vereadores Ademar Bicalho e Raimundo do INSS terem retirado suas assinaturas do requerimento que causou o cancelamento da CLI. Ele observa que até mesmo a questão da filiação partidária dos vereadores foi um obstáculo, uma vez que muitos estariam com situação irregular diante da justiça eleitoral.

- Pelo menos seis vereadores estão sem filiação partidária e um deles está com filiação irregular. Essa situação, aliás, se arrasta desde quando elegemos as comissões permanentes do legislativo – disse o dirigente parlamentar, frisando que sem a filiação desses vereadores, a mesa diretora não teria como indicar os nomes dos três membros da CLI.

- Uma vez que essa indicação (para presidente da CLI, relator e terceiro membro, mais os suplentes) teria de se sustentar na proporcionalidade das bancadas e dos blocos partidários da câmara municipal – completa Cori Ribeiro.

Sobre o anúncio de Athos Mameluque, de que recorrerá à justiça para inquiri-lo sobre o cancelamento da CLI, o presidente da câmara municipal acha oportuno.

- Penso ser importante para que a questão fique clara. Eu apoio essa decisão do nobre colega, até mesmo para que o assunto fique ainda mais transparente. Repito que a mesa diretora da câmara municipal não é contra a CLI, e nem pretende impedir que os vereadores exerçam suas funções de legisladores e fiscalizadores, mas nada será feito contrariando o regimento interno – enfatizou Cori Ribeiro.