Continua na câmara ladainha sobre caos na saúde

Jornal O Norte
Publicado em 07/05/2010 às 08:55.Atualizado em 15/11/2021 às 06:28.

Samuel Nunes


Repórter



O vereador Damázio (PTB) falou sobre a sobrecarga do hospital Alpheu de Quadros, em decorrência da greve do hospital Universitário, que já dura mais de 30 dias. De acordo com o vereador, a demanda tem sido grande, tanto durante o dia quanto à noite, e a unidade hospitalar não está tendo condições de supri-la.



O vereador afirma que medida prática tem que ser tomada o quanto antes, pois o caos está se estabelecendo nos hospitais da cidade que disponibilizam atendimento de urgência e emergência, Aroldo Tourinho e Santa Casa,



- Devido à greve no Universitário, a bomba tem estourado no hospital Alpheu de Quadros, que não está conseguindo atender a demanda, e nos pronto-socorros da Santa Casa e Aroldo Tourinho. A situação é cada dia mais preocupante, famílias estão à espera de atendimento e não conseguem, sem contar a greve dos anestesistas que está entrando no quinto mês - disse.



Damázio criticou o protocolo de Manchester, que define o atendimento da população por cinco cores, o que, segundo o vereador, tem levado inúmeras pessoas a esperar até cinco horas por atendimento.



O presidente da comissão de saúde da câmara municipal, vereador João de Deus (PPS), explicou os procedimentos do protocolo de Manchester. As pulseiras nas cores vermelho, laranja, amarelo, verde e azul, são usadas após triagem para identificar os pacientes, de acordo com o grau de gravidade, com tempo de espera recomendado para o doente ser submetido a observação médica.



- Aos doentes com patologias mais graves é atribuída a cor vermelha, que corresponde a um atendimento imediato. Os casos muito urgentes recebem a cor laranja, com um tempo de espera recomendado de dez minutos. Os casos urgentes, com a cor amarela, têm um tempo de espera recomendado de 60 minutos - explica.



Quem recebe as cores verde e azul são casos de menor gravidade, pouco ou não urgentes, e deve ser atendido no espaço de duas e quatro horas, respectivamente, após atendimento dos doentes mais graves.



Para João de Deus, o problema são justamente as cores verde e azul, que deveriam buscar atendimento nas unidades de saúde nos bairros. Mas, devido à falta de médicos e infraestrutura em alguns destas unidades, todos migram para os hospitais, congestionando o atendimento. 



- A questão da saúde tem que ser olhada não como um problema do Brasil, mas, sim, como algo local. Ou seja, temos que chamar a atenção para o que acontece em Montes Claros. A situação tem se agravado e nenhuma providência ainda foi tomada. Os problemas na saúde estão aí, não precisam ser enumerados uma vez mais. Enquanto isso, a população continua sofrendo - conclui.

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