Conselho Municipal de Saúde volta a criticar intervenção do Estado
Nesta segunda-feira (14), representantes do Conselho Municipal de Saúde de Montes Claros (CMS) realizaram reunião extraordinária para tratar de assuntos referentes ao processo de fluxos de exames e da gestão plena de saúde
Foto: Samuel Silva![]() Novamente os conselheiros falaram sobre a arbitrariedade do Estado na intervenção no sistema de saúde da cidade, questionando ainda a redução nos atendimentos |
Nesta segunda-feira (14), representantes do Conselho Municipal de Saúde de Montes Claros (CMS) realizaram reunião extraordinária para tratar de assuntos referentes ao processo de fluxos de exames e da gestão plena de saúde. O representante da superintendente e coordenador do Núcleo de Gestão Microrregional da SRS, Denílson Paranhos, fez um resumo do que foi discutido na 2ª Reunião de Transição da Gestão da Assistência Hospitalar e Ambulatorial do Município de Montes Claros.
Também foi esclarecido o processo de implantação da Saúde Mental na Macrorregião de Saúde e a distribuição de leitos pela referencia técnica da Saúde Mental da Superintendência Regional de Saúde. Quando o Prontomente foi fechado, o município passou a ter a responsabilidade para implantação dos Centros de Apoio Psicossocial - CAPS que, junto dos leitos de Saúde Mental, formam a rede de atendimento, mas os recursos do governo estadual e federal não chegaram, ocasionando transtornos para familiares e para o próprio paciente.
Os leitos de saúde mental, 12 no total, não atendem a demanda da população da região macro norte. Esses leitos são para receber os pacientes com problemas como abuso de drogas e de álcool, restando aos Caps o acompanhamento em momentos de crise. Existiria um déficit de aproximadamente 13 vagas para o atendimento aos pacientes com transtorno mental, não equacionado pelo estado de Minas Gerais no processo de transição da saúde plena do Município com a Secretaria Estadual de Saúde.
O governo mineiro foi criticado por ter interferido na saúde da Região Macro Norte e deixado, a descoberto, agendas e exames sem realização. Além disso, os conselheiros condenaram, também, a forma arbitrária com que foi feita a transferência da gestão de saúde para a Secretaria Estadual de Saúde.

