Após a decisão judicial que suspendeu a doação dos aparelhos hospitalares do Hospital das Clínicas Mário Ribeiro (HC), para o Hospital Universitário Clemente de Faria, a Comissão de Saúde da Câmara Municipal cobra a devolução dos mesmos para HC, para onde os aparelhos deveriam ser destinados. O assunto foi amplamente debatido na manhã de terça-feira (08) entre os membros da Comissão durante reunião da Câmara.

O debate girou em torno da decisão do tribunal Regional Federal da Primeira Região de Brasília, que aceitou o agravo de instrumento interposto pela Amas Brasil e determinou a suspenção da doação dos equipamentos adquiridos pela instituição, e que haviam sido doados pela Receita Federal para o Hospital Universitário, que pertence à Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).

Pela decisão, proferida pela desembargadora Ângela Catão, fica anulada a doação. Os equipamentos foram adquiridos pelo Hospital das Clínicas Mário Ribeiro, mas não chegaram a ser utilizados, porque foram retidos no porto de Santos sob a alegação de que a importação havia sido realizada de forma irregular.

Para o vereador Dr. Valdivino (PMDB), membro da Comissão de Saúde, o impasse precisa ser rapidamente resolvido para que o HC comece a funcionar em sua plenitude.

- É uma covardia, um desrespeito, um hospital como aquele ficar parado. Agora que a Justiça reconheceu a ilegalidade da doação, devemos cobrar a pedido da Comissão para que estes aparelhos sejam enviados para que o hospital comece a funcionar imediatamente. Deixar os aparelhos e o hospital parados é uma covardia com o povo montes-clarense – disse o vereador.

Para o presidente da Comissão, vereador Fernandão Anjo do Futuro (PRTB), todos os esforços serão concentrados para que a crise na saúde da cidade seja resolvida.

- Não mediremos esforços para solucionar o problema no atendimento nos hospitais. O Hospital Mário Ribeiro desafogaria as outras unidades, que passam por uma enorme dificuldade financeira – afirmou.

O Hospital das Clínicas Dr. Mário Ribeiro da Silveira tem capacidade total para 200 leitos, CTI, 16 salas cirúrgicas, centro de diagnóstico por imagem para realização de tomografia, ressonância, raio-x e endoscopia. Porém, devido à retenção dos aparelhos, o hospital hoje funciona com apenas 5% da sua capacidade.