Bumlai diz que ‘encaminhava’ demandas ao Instituto Lula

Segundo o site do Instituto, Clara Ant integra a diretoria do Instituto Lula

Jornal O Norte
Publicado em 25/12/2015 às 11:11.Atualizado em 15/11/2021 às 16:15.

O empresário e pecuarista José Carlos Bumlai afirmou em seu terceiro interrogatório à Polícia Federal que repassava demandas à Clara Ant, do Instituto Lula. Segundo o amigo do ex-presidente Lula, muitas pessoas solicitavam a ele que fizesse contato junto à entidade, uma vez que encaminhavam demandas via e-mail ao Instituto e não tinham resposta.

Segundo o site do Instituto, Clara Ant integra a diretoria do Instituto Lula. Ela foi assessora especial de Lula nos dois mandatos do petista na Presidência da República (2003/2010).

“Esclarece que muitas pessoas encaminhavam demandas via e-mail ao Instituto Lula e que, ante a ausência de respostas, solicitavam ao reinterrogando, na medida do possível, que fizesse contato junto ao Instituto para viabilizar ao menos a apreciação dos pedidos”, declarou.

“Nestes casos, o reinterrogando procurava Clara Ant, diretora do Instituto Lula, e repassava os pedidos. Então, eles eram apreciados; que perguntado se exercia funções de “secretário” de Luiz Inácio Lula da Silva disse que não, apenas repassava demandas a Clara Ant.”

A Polícia Federal perguntou a Bumlai qual era a forma de comunicação que ele mantinha com Lula. “Disse que entrava em contato através do número de sua esposa; que pelo que o reinterrogando sabe, Luiz Inácio Lula da Silva nunca possuiu um número de celular próprio; que durante os anos de 2014 e 2015, não repassou qualquer demanda deste tipo, isto é, de interessados em solicitarem reuniões, palestras e outros pleitos a Luiz Inácio Lula da Silva.”

Bumlai está preso desde 24 de novembro quando foi deflagrada a Operação Passe Livre, desdobramento da Lava Jato que investiga empréstimo de R$ 12 milhões contraído por ele em outubro de 2004 junto ao Banco Schahin - o real destinatário do dinheiro seria o PT, segundo confessou o pecuarista. O amigo de Lula e outros 10 investigados são acusados de participar de um esquema de propinas na contratação da Schahin Engenharia, em 2009, como operadora do navio-sonda Vitoria 10.000, envolvendo o empréstimo de R$ 12 milhões.

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