Samuel Nunes
Repórter
Aconteceu, na noite da última quinta-feira, 10, no salão paroquial da igreja do Cintra, audiência pública para debater assuntos como a necessidade de canalização do Córrego do Cintra e a instalação efetiva do Programa Saúde da Família no Bairro Nossa Senhora de Fátima, além do aumento do índice de criminalidade envolvendo menores naquela região. A audiência foi proposta pelo vereador Edwan do Detran (PV).
Sônia Gomes, liderança religiosa e comunitária do Cintra, disse que a iniciativa da audiência pública surgiu a partir da festa da padroeira na comunidade, onde se chegou à conclusão da importância de se discutir com a comunidade problemas sociais e, sobretudo, buscar soluções.
- Foram quatros meses de pesquisa. Alguns assuntos carecem de respostas, como, por exemplo, a saúde pública no município, que recebe mais de R$ 100 milhões por ano e está um caos, e também a novela interminável da canalização do córrego do Cintra – afirmou. Sônia Gomes falou ainda da ausência de políticas públicas para crianças e adolescentes.
A presidente do conselho tutelar da 2ª região, Barcelona Gérlia Fantar Roque, tem opinião semelhante. Ela criticou mais uma vez o veto do prefeito às emendas que destinariam recursos para políticas públicas que atenderiam menores, a despeito do crescente número de crianças a partir de 08 anos envolvidas com drogas.
Delegado da Aisp 100, Rodrigo Andersen Guedes falou justamente da sua preocupação diante da criminalidade envolvendo menores no município. Ele citou o centro de internação para o menor, por exemplo, que está com sua capacidade esgotada. Ou seja, de acordo com o delegado, já faltam vagas. Segundo ele, a maioria dos problemas envolvendo menores infratores está diretamente ligada ao tráfico de drogas como o crack, que se disseminou em Montes Claros.
- O crime organizado se instalou em Montes Claros. Segurança pública é direito e responsabilidade de todos - disse.
Com relação à canalização do córrego do Cintra, o diretor-presidente da Esurb - Empresa municipal de serviços e urbanização, Marcos Maia, disse que deve ser liberada nesta semana pela Caixa Econômica Federal uma verba para a execução da obra. O dinheiro, segundo Maia, não é suficiente para a realização total da obra, que deve ficar em torno de R$ 20 milhões.
- Mas, a administração municipal já pleiteia outros recursos, inclusive em Brasília - conclui.