Samuel Nunes
Repórter
Ruy Muniz, Gil Pereira, Carlos Pimenta e José da Conceição, dentre outros, são exemplos de parlamentares que iniciaram a vida política na câmara municipal de Montes Claros, que, tradicionalmente, tem nos vereadores teoricamente potenciais candidatos à câmara dos deputados e assembleia legislativa.
Na legislatura passada, por exemplo, o vereador Sebastião Pimenta candidatou-se pelo PTC a deputado federal, juntamente com Antônio Silveira (PTN). Já Ruy Muniz (DEM), se candidatou e obteve sucesso nas urnas, e é hoje deputado estadual.
Assessor legislativo da câmara e pós-graduado em poder legislativo pela PUC-BH, Heron Domingos afirma que esta é a 16ª legislatura municipal.
- A câmara atual cumpre, até o final de 2011, a 16ª legislatura - afirma.
Diferente de outras eleições, pelo visto, esta câmara não terá muitos vereadores se candidatando a deputado, seja estadual ou federal. O único nome que vem sendo divulgado como possível candidato é o do presidente da câmara, Athos Mameluque (PMDB), que concorreria a deputado estadual.
Para Mameluque, é relevante que o legislativo local tenha conseguido ao longo dos anos eleger deputados, pois o vereador é o agente político mais próximo das comunidades e, portanto, considerado capaz de entender e conhecer de perto os problemas vivenciados pela população.
Em entrevista a O NORTE, Athos disse que o fato de a câmara atual ter no momento apenas o seu nome comentado para concorrer a uma vaga na assembleia legislativa se deve ao fato de ser esta uma câmara relativamente nova.
O vereador afirma que, como presidente do diretório municipal do PMDB, provedor do hospital Aroldo Tourinho, vice-presidente das câmaras municipais de Minas Gerais e presidente das câmaras municipais do Norte de Minas, seu nome está, naturalmente, em evidencia e com maior visibilidade.
Antônio Silveira, vereador por três legislaturas, foi candidato nas últimas eleições a deputado federal. Ele afirma que, mesmo sem estrutura, conseguiu 12 mil votos. Para Silveira, os vereadores precisam saber quais as suas reais possibilidades antes de se candidatar a deputado, seja federal ou estadual.
- Deve-se analisar, por exemplo, o partido político no qual ele está inserido - afirma.
Já o vereador Ildeu Maia (PP), que completa nesta legislatura seu 5º mandato na câmara municipal, afirma que, embora a câmara impulsione, de certa forma, as campanhas para deputado, ele nunca quis entrar nesta disputa. Para Maia, uma campanha para deputado demanda suporte financeiro, pois é muito disputada.
- Considero a câmara municipal como espelho e exemplo para todas as câmaras municipais do Norte do estado. É, de fato, uma referência - conclui.