Zema diz que está trabalhando para superar a crise

Governador afirma que conta com o apoio dos prefeitos

Márcia Vieira
23/03/2019 às 06:59.
Atualizado em 05/09/2021 às 17:55
 (MAURO MIRANDA/DIVULGAÇÃO)

(MAURO MIRANDA/DIVULGAÇÃO)

Há dois dias visitando a região, o governador Romeu Zema (Novo) participou ontem da posse do prefeito de Januária, Marcelo Félix, na presidência da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams).

A solenidade chamou a atenção pela maneira atípica com que aconteceu. Marcada para as 10h, foi encerrada antes das 11h30, com fala apenas do empossado e do governador. O prefeito anfitrião não teve oportunidade de falar.

Humberto Souto (PPS) apenas ocupou um lugar no palco e gerou diversos comentários o distanciamento entre ele e o governador. Mesmo sentados próximos, não foram vistos em diálogo em nenhum momento.

Questionado sobre a posição do prefeito, que recentemente instruiu professores do município a procurarem o governador para receber os salários, Romeu Zema disse que veio para somar e, como parte do problema, está recebendo da Associação Mineira dos Municípios as demandas relacionadas.

“Não adianta matar quem não tem dinheiro. O Estado está falido. Eu tenho tentado mostrar a situação e buscado um entendimento. Qualquer pessoa que tenha um pouco de bom senso é capaz de entender isso”, disse.

Em sua primeira visita à cidade depois de eleito, o governador fez um breve resumo da sua carreira de empresário e ressaltou que tem trabalhado muito para organizar as contas do Estado.

“Estive com os prefeitos e disse que a situação é de calamidade, mas nós temos condição de tirar Minas do buraco. O mais importante é dar apoio para quem trabalha. Nos últimos anos, o Estado fez exatamente o contrário, com uma série de exigências descabidas na área ambiental, fiscal e tributária. Tenho certeza que desatando estes nós aqui, o Norte de Minas tem um potencial gigantesco”, pontuou.

Zema ainda criticou a atuação de estatais como a Cemig, que acusou de atuar politicamente e deixar de lado o principal interessado que é o povo. “Uma empresa tem que atender o consumidor e ela vai voltar a atender o consumidor. Os frutos com certeza virão”, disse.

Com uma dívida estimada em R$ 12 bilhões por ano, Zema disse que iniciou o governo cortando as despesas pequenas e, ao final, o resultado será positivo.

“Se cortamos as pequenas despesas repetidamente e milhares de vezes, vai fazer a diferença. Não acredito em solução milagrosa. Acredito em trabalho disciplinado a longo prazo”, afirmou.

AUSÊNCIA
Pela primeira vez em anos da história política do Norte de Minas, os deputados estaduais que representam a região não participaram de uma posse na Amams.

O líder da Bancada do Norte, deputado Tadeu Martins Leite (Tadeuzinho), não foi encontrado para falar sobre a ausência dos sete parlamentares que representam a região.
 
PREFEITOS
A prefeita de Varzelân-dia, Valquíria Cardoso, saiu otimista da reunião que aconteceu entre o governador e diversos gestores municipais do Norte de Minas.

“Ele nos tranquilizou dizendo que está trabalhando diuturnamente para normalizar os nossos repasses e a gente espera quer isso se cumpra, uma vez que estamos todos com a corda no pescoço. Temos esperança de que resolva essa herança que recebeu do governo anterior. Sabemos que não existe mágica para isso, mas acreditamos que tudo vai dar certo”.

Questionada sobre previsão para a solução, a prefeita disse que há conversação do governo com a Associação Mineira de Municípios (AMM), mas Romeu Zema não falou em prazos.

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