Projeto Jequitaí está na lista de prioridades da Codevasf

Novo superintendente confia na liberação de R$ 50 milhões ainda neste ano

Márcia Vieira
28/09/2019 às 07:25.
Atualizado em 05/09/2021 às 21:59
 (ASCOM CODEVASF/DIVULGAÇÃO)

(ASCOM CODEVASF/DIVULGAÇÃO)

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) tem novo superintendente. O engenheiro agrônomo Fernando Brito, que ocupava o cargo de chefe de gabinete do órgão em Minas, assumiu o posto no lugar de Aldimar Rodrigues Filho (Rodrigo). Natural de Espinosa e criado em Montes Claros, Fernando é funcionário de carreira da companhia. Ele recebeu a reportagem de O NORTE na sede do órgão nesta sexta-feira (27) e falou sobre as ações já desenvolvidas e aquelas que pretende fomentar em sua gestão à frente da Codevasf, cuja história acompanha e participa há 35 anos.
 
Depois de tantos anos nesta casa, como o senhor recebeu a nomeação para conduzir o órgão?
Fiquei muito satisfeito com essa nomeação. Foi um trabalho de classes, como a de produtores, fruticultores e entidades de classe, como a Associação Comercial e Industrial (ACI). Meu currículo foi levado à Casa Civil, mas foi uma indicação meramente técnica, escolhida pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e Casa Civil.

Qual a abrangência da Codevasf e como o senhor acompanhou a evolução do órgão?
A Codevasf é uma empresa grande, federal e que está presente em 27% da área do território nacional. Além do Vale do São Francisco, ela está nos Vales do Itapecuru, do Mearim, do Parnaíba e do Tocantins. No final da década de 1970 e nas seguintes, 1980 e 1990, iniciamos as nossas atividades aqui com os perímetros cúbicos de irrigação. Implantamos os perímetros Pirapora, Gorutuba, Lagoa Grande e Jaíba. Estes perímetros todos perfazem uma área irrigada de 52 mil hectares e geram cerca de 150 empregos, ou seja, 150 famílias beneficiadas. São mais de 750 mil pessoas beneficiadas com essa ação inicial da Codevasf. Tive o privilégio de participar destes processos todos. 
 
Quais são os planos para a instituição neste primeiro momento?
Os vales são grandes, extensos, com uma população muito carente e dependente ainda de recursos da União. Precisamos ter o orçamento revitalizado, revisado, para que possamos atender a demanda de todas as áreas onde a Codevasf atua. Uma preocupação que nós temos, que é considerada revitalização do rio São Francisco, é o Projeto Jequitaí. Já estamos com muita coisa realizada na implantação da barragem, 85% da área que vai ser inundada já adquirida e todas as condicionantes ambientais exigidas pelos órgãos já cumpridas, dentro de um cronograma acertado entre as partes.
 
O que falta para conclusão da barragem e qual valor já investido nesta situação?
Já investimos cerca de R$ 176 milhões e isso levado ao conhecimento de um ministro e presidente da República, eles não irão deixar que seja perdido. A tendência é dar continuidade a este trabalho. Depois da nossa nomeação, já fizemos contato com o ministro do Desenvolvimento Regional e esperamos conseguir os R$ 50 milhões previstos para serem aplicados ainda este ano. O Projeto Jequitaí é uma realidade e nós da Codevasf o consideramos assim. O projeto teve sua concepção original há mais de 50 anos e vamos continuar atrás de recursos para isso. 
 
O que esta barragem em específico vai trazer de concreto para a região?
Com a barragem vamos ter segurança hídrica para abastecer mais de 600 mil pessoas no Norte de Minas, incluindo Montes Claros com seus 402 mil habitantes e outras tantas cidades atendidas por ela. Além disso, teremos a oportunidade de irrigar 35 mil hectares e isso é uma área muito representativa quando se comparada com 52 mil hectares que nós colocamos em operação desde a década de 1970 até hoje. É muito importante para a economia da região e de todo o Estado.
 
Como são efetivadas as parcerias com o órgão e como são direcionados os recursos?
Fazemos um trabalho de parceria com os parlamentares. Desde quando incrementamos este relacionamento, aumentamos significativamente o volume de recursos. Em 2010, tínhamos aqui R$ 1 milhão de emendas de um único deputado. Depois, fizemos contato com os deputados da bancada mineira e conseguimos quase R$ 8 milhões. Depois de quase dez anos, estamos com mais de R$ 70 milhões advindos de emendas parlamentares. Isso dá oportunidade às demandas que são prementes. Elas são selecionadas “in loco”. Visitamos todas essas comunidades sugeridas para ter certeza que o benefício vai chegar ao destinatário que a Codevasf faz a doação.
 
Quais são as áreas de atuação?
No programa de atuação temos, por exemplo, calçamento de ruas na zona rural, construção de mercados nos municípios, melhoramento de estradas, tudo aquilo que é destinado à melhoria do escoamento, da comercialização e que agrega valor ao produto agropecuário, porque a Codevasf busca o desenvolvimento por meio da exploração do recurso de água e solo, tudo ligado ao agronegócio e exploração agropecuária. Isso nos dá a garantia de não distanciar o governo federal da população que mais precisa.
 
Como tem sido a relação com o Ministério da Agricultura? 
O Ministério da Agricultura é um parceiro, já mantivemos contato com a ministra Tereza Cristina, temos pessoas que trabalham com a ministra que têm uma relação grande com a Codevasf e Montes Claros, e nós temos buscado estas pessoas para fazer parcerias e trazer recursos para a Codevasf, para ela ser também um órgão executor do ministério.

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