Guarda Mirim pode encerrar atividades

Márcia Vieira
07/06/2019 às 08:28.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:00
 (FOTOS MÁRCIA VIEIRA)

(FOTOS MÁRCIA VIEIRA)

Modelo para vários municípios do Norte de Minas, como Espinosa, a Guarda Mirim de Montes Claros está em busca de apoio para se manter ativa. Com 27 anos de existência, a instituição é alternativa para que adolescentes em situação de risco social possam ter um futuro digno, estudando, abraçando uma profissão. 

Ontem, no entanto, a Câmara Municipal de Montes Claros realizou uma audiência pública em busca de solução para problemas como a falta de recursos para pagar despesas como aluguel, luz e água da sede da Guarda Mirim.

“O objetivo foi alertar o Poder Executivo para a necessidade de ajudar. Se a administração arcar com o aluguel de R$ 2.800, pagar a água ou luz, já é uma ajuda muito importante. Lamentavelmente, não tivemos representante do município. Apesar da ausência do prefeito e do secretário de Desenvolvimento Social, Aurindo Ribeiro, que mostraram um desrespeito muito grande com a Casa Legislativa e com os guardas-mirins, esperamos que recebam a instituição e ajudem o projeto, que tem papel relevante na cidade”, disse o vereador Oliveira Lêga (Cidadania), que promoveu a audiência pública.

“A presença mais importante para essa discussão seria o secretário, que foi vereador e sabe o que é uma audiência pública. Acho que o desrespeito do Executivo não é com a Guarda, é com a Câmara. Não estamos aqui para discutir em vão. Ele tinha que estar aqui. A audiência fica sem objetivo. A administração tem que cuidar das pessoas e isso está faltando, como hoje”, desabafou o também vereador Ildeu Maia (PP). 

“O exemplo de MOC foi replicado em Espinosa, quando estive lá, no comando. A gente se espelhou neste projeto. Conseguimos tirar vários jovens da situação de vulnerabilidade, fazendo com que tivessem o primeiro emprego e um futuro melhor, então, nossa presença aqui é para dizer que não deixem a Guarda morrer, porque é uma instituição que faz parte da história de Montes Claros”, afirmou o major Ribeiro, da PM.

“Ajudem a Guarda Mirim, porque, além de contribuir para uma sociedade melhor, vocês estarão contribuindo para a vida de centenas de jovens que não têm outra oportunidade e não têm como pagar por um curso profissionalizante”, disse Suely Santos, que afirma ter independência financeira hoje, aos 21 anos, graças ao seu ingresso na Guarda Mirim, com 14 anos. “Tive oportunidade de ter contato com profissionais de várias áreas. Conversando com eles, decidi ser administradora. Hoje, estou no sexto período do curso e quase formando”, contou.

A guarda-mirim Bruna Volpi, que está em fase final de sua passagem pela instituição, participou da audiência pública e defendeu a permanência da Guarda Mirim de Montes Claros, onde afirma estar aprendendo muito.

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