Empresários clamam por reabertura gradual das atividades em MOC

Entidades entregam documento à Câmara com proposta de flexibilização da quarentena

Márcia Vieira
O Norte
23/04/2020 às 00:25.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:20
 (Divulgação)

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O pleito pela reabertura gradual do comércio em Montes Claros, cujo fechamento foi prorrogado por Decreto Municipal até o dia 30 de abril, reuniu entidades de classe e vereadores nesta quarta-feira, na sede da Câmara. Há um clamor de diversos setores produtivos para que haja uma flexibilização do decreto, o mais rápido possível. Caso contrário, acenam com a possibilidade de grande número de demissões e até fechamentos definitivos.

Estrangulados com a situação, após mais de 30 dias de portas fechadas, empresários apresentaram um documento assinado por diversas entidades do setor econômico local definindo medidas para voltarem à ativa com segura e ainda pedidos de postergação de cobrança de impostos e taxas.

No texto, os presidentes das entidades salientam que durante o fechamento o poder público não conseguiu colocar em prática medidas que garantissem a saúde financeira dos atores envolvidos no processo.

“No presente momento, temos a seguinte realidade: o poder público não conseguiu de forma plena fazer sua parte, por diversos motivos, inclusive alheios à sua vontade, e não temos conhecimento em qual prazo poderá cumprir”, traz o documento. 

Com base nesta e noutras observações, a classe propõe, como contrapartida, trabalhar dentro dos parâmetros de proteção à saúde, da população e dos colaboradores, já determinados em decretos municipais, com restrição ao número de pessoas nos estabelecimentos, uso de máscaras, disponibilização de álcool em gel e cuidados para que os clientes mantenham distância uns dos outros.
 
CONDIÇÕES
A alternativa apontada pelo município para conseguir flexibilizar a quarentena, quando questionado a respeito, é o envolvimento da iniciativa privada em doações que financiariam o hospital de campanha e a compra de equipamentos para serem utilizados nas unidades de saúde no caso de uma explosão de casos em Montes Claros.

Entretanto, o vice-prefeito Adauto Batista, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) – Regional Norte, destacou em sua fala que a região não pode ser preterida e montar hospital de campanha é obrigação dos poderes federal e estadual, com “ajuda do município e de alguns que podem da iniciativa privada. Mas poucos podem neste momento”, alegou.

O documento ressalta que, mesmo de maneira precária, a administração continua a arrecadar e a contar com repasses dos governos. Por outro lado, os empresários – pequenos, médios e grandes – não possuem esse suporte pois, com a proibição de abrir as portas, estão sem receitas.

“Tem pequenos empresários, que são os que sentiram primeiro os efeitos da pandemia, que estão com situação pior do que o próprio empregado, porque a gente vê assistência do governo para os informais ou desempregados. O empresário tem dificuldade até para pedir, com base na sua necessidade, e para alguns deles está faltando até feira em casa”, alerta Ernandes Ferreira, presidente da CDL Montes Claros.

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