Eleições 2020: número de candidatas registradas para as eleições deste ano é maior que em 2016

Márcia Vieira
O NORTE
29/10/2020 às 06:53.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:54
 (Nelson Jr./ ASICS/ TSE)

(Nelson Jr./ ASICS/ TSE)

A busca de mulheres por cargos na política em crescendo a cada ano. O movimento ainda é lento, mas mostra que elas estão deixando os bastidores para virarem protagonistas. Nas eleições municipais deste ano, Montes Claros conseguiu reunir mais mulheres com o desejo de lutar pelos direitos dos cidadãos. O número de candidatas ao Legislativo chegou a 32,2%, contra 31,9% em 2016.

Não é um salto, mas demonstra que a participação delas está caminhando para além do cumprimento da cota obrigatória de 30% reservada pelos partidos às mulheres. “Sem dúvida, a questão das cotas contribuiu de forma significativa para este aumento, que já vinha desde 2016. Somado a isso, novas regras, como o fundo partidário destinado a elas e a obrigatoriedade dos partidos de fazer a divulgação destas candidaturas. As mulheres estão lutando cada vez mais para ocupar espaços e a tendência é de que isso cresça nas eleições posteriores”, avalia Rodrigo Alves, analista jurídico do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais(TRE-MG).
 
DE VOLTA
Em busca de um lugar nas câmaras municipais e longe de se conformarem com o papel secundário de outros tempos, elas estão gastando sola de sapato e saliva em busca do voto. É o caso da professora Marlene Tavares, uma das primeiras mulheres a ocupar uma cadeira na Câmara de Montes Claros, com mandato de 1989 a 1992. Depois de 28 anos emprestando sua experiência aos bastidores da política, ela volta à disputa pelo Partido Progressistas.

Nesta mesma linha segue a biomédica Rita Vieira, do DEM, que foi vereadora de 2009 a 2012 e novamente busca uma vaga na Câmara. As três parlamentares com mandato atualmente – Neia do Criança Feliz, Maria Helena Lopes e Graça da Casa do Motor – lutam para dar continuidade ao trabalho, mas têm adversárias de peso, como é o caso da médica, empresária e ex-deputada federal Raquel Muniz, que depois de ter sido a primeira representante feminina no Congresso Nacional coloca seu nome à disposição dos montes-clarenses e vem como forte candidata do Avante.
 
DISPUTA EM CASA
Há casos em que a disputa começa dentro de casa. A ex-vereadora Marly do Povo, que teve mandato de 2013 a 2016, retornou à Câmara este ano em um curto espaço de tempo ao assumir como suplente de Oliveira Lêga. Agora, tem o desafio de dividir os votos com um dos irmãos que é também candidato.

Uma novidade nestas eleições é a utilização do nome social nas urnas. Engrossando a fileira das mulheres, duas candidatas concorrem a uma vaga no Legislativo utilizando o nome social e entraram na cota de gênero. 

Elas representam vários setores da sociedade
As bandeiras defendidas pelas mulheres são muitas e Montes Claros tem representantes de todos os setores. Na área de desenvolvimento social, por exemplo, há várias candidatas que querem ampliar as políticas públicas no setor, como Vicky (Avante) e Vilma do Projeto Bem Aventurados (PSD).

Em alta no mundo globalizado, a causa animal conta com representantes que já atuam em ONGs e lutam para minimizar os impactos provocados pelo abandono de cães e gatos, principalmente. A veterinária Aline Matos vem pelo Avante e a empresária Ceci Protetora pelo Progressistas. O segmento sofreu uma baixa com a renúncia da candidata Renata da Proteção Animal.

A área da comunicação tem ao menos três representantes do sexo feminino na disputa pelo voto. A locutora Dieikyla Damares (PV) e as jornalistas Alessandra Marques (MDB) e Selma Gonçalves (PTB).

POPULARES
Ganham destaque ainda as que têm a simpatia da população pelo contato diário e trabalho desenvolvido nas ruas ou em pequenos comércios. Elas trazem no nome a marca dessa proximidade, como Valdineia Baixinha do Salgado (PSL). O PMB segue a linha com a candidata Vanessa do Legal Cap. O Solidariedade vem com a candidata Sônia da Lanchonete. Outra que aposta na simpatia das ruas é Ana Maria Gary, que mesmo trabalhando em um hospital da cidade decidiu manter no registro a antiga profissão.

De gari a salgadeira, comerciante, jornalista e protetora dos animais

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