
contudo, a Associação do Surdos não concordam com o projeto.
Durante a audiência o vereador Daniel Dias (PCdoB), idealizador da audiência, afirmou que decisões como esta não podem ser tomadas sem discussões e um parecer de todos que prestam serviço e usufruem da instituição que atende não só Montes Claros, mas toda a região. “Juntos podemos tratar com mais equidade desta possível cessão do prédio. Temos que respeitar a história e a luta de cada um”, destacou Daniel.
O representante dos pais de alunos do CAS, Pedro Julião Prates falou da indignação e da tristeza das famílias quando foi levantado a possibilidade de retirar o CAS de onde está. “Tenho três filhos surdos, com muita luta e apoio do CAS, consegui formar os três que hoje são trabalhadores. Participei da luta para conseguir e estruturar a instituição”, destacou o senhor Pedro.
A representante dos servidores do CAS, Hélida Cristine Barros, apresentou em vídeo todo o trabalho do Centro. Segundo o centro, no primeiro semestre deste ano, cerca de 800 pessoas foram atendidas nos cursos oferecidos pela instituição – a expectativa é que nos próximos seis meses o número de atendimentos seja permanecido.
De acordo com o presidente do SindiUte, Geraldo da Costa, Minas Gerais conta com dois CAS, sendo um em Montes Claros e outro em Belo Horizonte. “Tirar o local que já é referência é um retrocesso. Temos sim que lutar para que esse prédio seja definitivamente do CAS”, destacou Geraldo.
Em nome da Unimontes, o pró-reitor de planejamento, gestão e finanças, Aloísio Afonso, informou que a universidade apenas recebeu a informação de que existe um estudo do espaço, mas que não existe nenhuma definição sobre a cessão do imóvel do CAS para a Universidade. Informou ainda que a instituição tem interesse em ser parceira do Centro de Capacitação dos Professores da Educação e Atendimento das Pessoas com Surdez na valorização do trabalho do CAS.