Raphael Reys
Nascido nesses rincões campesinos em 20-03-31, veio a esse mundo grande e bobo para nos trazer a alegria de viver. Pisciano do terceiro decanato. Simples, fraterno, utópico, como toda grande alma, profundamente religioso, jamais disse não a alguém.
Muito embora a providência divina, em 08-03-95, o levaram de volta aos mundos superiores, poucos dias antes de completar os sessenta e cinco anos de vida. O rito de passagem, foi registrado na imprensa local, graças à lembrança do jornalista Felipe Gabrich.
"Para nós cronistas e mesmo os escritores locais que dele bebemos muitas histórias e causos, e que tivemos o privilégio da sua presença e conhecimento, rendemos nessa data, de gratas recordações, uma homenagem àquele que pode ser chamado’ o homem que nunca morreu".
O vemos e o sentimos nas conversas de esquina, nos salões sociais, nas barbearias, nos cafés. "Recordar é viver", e fazemos com que o Zé permaneça em nossos corações.
(Escrevi recentemente Zé, a crônica sobre a Mariposa Pelada, aquela loura maravilhosa que tomou cafezinho na sua bandeja de prata, lembra-se? A toda hora a nossa imaginação nos diz que você vai dobrar a esquina e participar de mais dois dedos de prosa !)
!)
Companheiro sempre, de muitos, e em muitas; homéricas e inesquecíveis viagens por este Brasil de meu Deus. Muitos de nós engasgamos tomando cafezinho, reagindo as suas tiradas severas e festivas e inteligentes.
Era um utópico, um visionário da fraternidade universal. Para ele, todos os homens eram irmãos. Um só coração e um só sentimento.
Era um ator nato, um clássico sheikspiriano a interpretar e vivenciar a vida nas suas potencialidades.
Registramos no montesclaros.com, em nome dos cronistas, colaboradores, e autores montes-clarenses, a nossa lembrança eterna ao anjo da alegria.
E para que você não se esqueça de nós um trecho daquela canção de Jair Amorim que Cauby Peixoto cantando, você se emocionava... Conceição eu me membro muito bem...vivia no morro a sonhar com coisas que o morro não tem...foi então que lá em cima apareceu alguém que lhe disse a sorrir que descendo a cidade ela iria subir...Se subiu ninguém sabe, ninguém viu pois hoje o seu nome mudou e estranhos caminhos pisou... Só eu sei que tentando a subida desceu e agora daria um milhão para ser outra vez Conceição!