Dóris Araújo


Membro da Academia Montesclarense de Letras

" Cantai louvores a Deus, cantai louvores; cantai louvores ao nosso Rei, cantai louvores."


(SALMO 47: 6 )

Querida Vovó Léo, peço licença para chamá -la assim em homenagem a meus filhos, e aos filhos de outras tantas pessoas, que se sentem genuinamente seus netos pelos laços do espírito. Seu carisma nos cativou.

Estamos hoje celebrando o seu centenário. Que bênção maior poderia, alguém desejar ou receber? Cem anos... uma longa, bela e significativa história.

A nossa alegria brota do espírito, pela oportunidade de podermos compartilhar de momento tão glorioso.

Sentimos o coração embalado pela doce certeza de que sua vida foi inteiramente  dedicada a Deus, à família, aos amigos, à arte.

Sua generosidade continua iluminando seu olhar.

Sua integridade está evidente em sua postura.

Sua sabedoria faz se presente em cada palavra.

Coragem e garra são atributos de sua alma.

Firmeza é traço marcante de sua personalidade.

Ternura vislumbramos em cada um de seus gestos.

Cem anos...  Quanta experiência de vida!

Quanta luta!

Quanta estrada percorrida!

Quanta labuta!

Quantas promessas cumpridas!

Quantos sonhos realizados!

Quantas alegrias sentidas!

Quanto amor doado!

Quantas lágrimas contidas!

Quantas estrelas contadas!

Léo...   exemplo  vivo de  que a persistência   nos leva a vitória desejada.

Dona Léo, a artista, a professora, a mãe, a avó, a bisavó, a amiga...A pessoa humana dotada de muita sensibilidade.

Hoje, o tempo parou para reverenciá la.

Com o mesmo propósito, a natureza se fez mais harmoniosa.

Porque hoje é um dia especial, "dia de dar graças, de cantar louvores a Deus", pela vida prodigiosa de Vovó Léo.

"Batei palmas, todos os povos; aclamai a Deus com voz de triunfo." Porque Vovó Léo faz cem anos de idade.

Parabéns, Vovó Léo!

"Batei palmas..."para a Vovó Léo,  batei palmas...

LEODEGÁRIA MALDONADO DE PAULA

Conhecida por todos como Dona Léo.  Filha do Tenente Coronel Cezário Maldonado Gama, de quem herdou forte noção de ética e disposição para respeitar os direitos de cada um, e de Maria Soares, de quem herdou as habilidades manuais e senso estético. Exemplos que lhe inspiraram seguir pela vida demonstrando o equilíbrio perfeito entre a razão e sensibilidade.

Nasceu em Serro e se criou em Diamantina.  Desde muito cedo despertou-se para o estudo da Música, dedicando-se ao canto e violino. Dessa época trás forte em sua prodigiosa memória as impressões dos casarios e serões.

Estudou Belas Artes em Belo Horizonte com irmãs vindas da Bélgica, dispensando bolsa de estudos no exterior para casar-se com João Baptista de Paula e seguir para o sertão. Em Montes Claros, constituiu uma família numerosa, que se desdobra hoje em nove filhos, quinze netos e dez bisnetos.

Dona Léo, completa agora em 2010, 100 anos de idade, dedicados a família e as artes. Suas mãos habilidosas, criaram enfeites que ornamentaram aniversários de muitas gerações e abriram-lhe espaço onde incontáveis alunos aprenderam desenho e pintura.

Trabalhou como professora de desenho no antigo Instituto Norte Mineiro e Colégio Diocesano, acompanhando a formação de inúmeros montes-clarenses ilustres, dentre eles, o Dr. Mário Ribeiro da Silveira.

Lúcida e consciente das questões atuais é exemplo de entusiasmo, otimismo, confiança, trabalho e fé.

Gilda Verônica de Mendonça e Paula (Filha de Dona Léo)