Damião Alves *
Um dia, neblina nos olhos caía.
Eu andava um pouco triste sem solução.
Era eu a luz no fim do dia.
Escondendo.
Por trás dos montes.
Sinto minhas mãos balançar.
Tremendo como o vento frio e forte do inverno.
Eu caminho, minhas mãos são minhas armas.
Duas atadas, sem soluço.
Sou eu a luz do dia, o vulto.
Era eu o vulto e o sol.
* escritor e músico